Modercarga precisa de mudanças, dizem os transportadores

O Modercarga, programa do governo para o financiamento
da compra de caminhões novos e usados que entra em vigor
em fevereiro, vem recebendo críticas de montadoras, empresas
de transporte, caminhoneiros e sindicalistas, os quais alegam que,
da forma como foi concebido, não sairá do papel.
A verba de R$ 2 bilhões que será liberada via Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Fundo
de Amparo ao Trabalhador FAT não deve atrair os caminhoneiros
autônomos e pequenos frotistas, principais alvos do programa.
Segundo o presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro,
Nélio Botelho, "as condições são
impraticáveis. O mercado, hoje, tem ofertas melhores, como
o leasing especial com juros de 12% ao ano, prazo de 72 meses e
limite de financiamento de 90% do valor do veículo. No Modercarga,
os juros anuais são de 17%, o prazo máximo é
de 60 meses para caminhões novos e 36 para usados e o empréstimo
é para 70% do preço do caminhão. Mantidas essas
condições, não haverá nenhum financiamento
entre os cerca de 1 milhão de caminhoneiros de todo o País."
(Fonte: O Estado de S.Paulo)