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Conteúdo 24 de julho de 2008

VLTs de Mogi e Santos estão atrasados

Enquanto em Mogi não há previsão para o início das obras de implantação do Metrô Leve, na Baixada Santista, a comunidade espera há nove anos pelo mesmo modelo de transporte ferroviário, também conhecido como Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Lá, o projeto foi anunciado pela primeira vez em 1999 e o assunto é conhecido como uma verdadeira novela, devido às inúmeras idas e vindas em torno do processo.

O exemplo não é nada animador para os mogianos, que cobram há tempos por melhorias no sistema, inclusive com promessas de campanha do atual governador José Serra (PSDB) sobre a vinda do Expresso Leste até a Estação Estudantes, o que já foi completamente descartado pelo Estado.

Embora as expectativas de implantação do Metrô Leve sejam as mesmas para as duas localidades, em 2010, é difícil acreditar que Mogi também contará com o novo modelo na data, conforme foi anunciado pela Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no último dia 11, em evento realizado na estação férrea central de Mogi.

No Litoral, os trâmites já estão bem mais adiantados e já foi aberta a concorrência pública para escolha da empresa que irá elaborar o projeto executivo. Dois consórcios estão na disputa e a decisão, caso não haja impedimentos judiciais, deve sair em meados de agosto. Segundo informações do coordenador de Relações Institucionais da Secretaria, José Carlos Gomes, em fevereiro de 2009 o projeto deverá estar concluído. Antes disso, pontuou, com um plano base já será possível licitar as obras de infra-estrutura. O objetivo é iniciar as intervenções em 2009 para que o VLT esteja em funcionamento a partir do 2º semestre de 2010.

Entre o final deste ano e início de 2009 será aberta a licitação para escolha da concessionária que irá operar o sistema, bem como adquirir os veículos. Além disso, a estimativa é de que até o final de outubro seja finalizado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto. Ao custo de R$ 750 mil, o levantamento será apresentado em audiências públicas nas cidades envolvidas e servirá para o licenciamento do sistema por parte da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Vale ressaltar que todos estes trâmites são referentes ao primeiro trecho do projeto na Baixada – com 11 quilômetros ligando Barreiro, área continental em São Vicente, ao Porto de Santos.

No total, a proposta é de 21 quilômetros, abrangendo também outros municípios da Baixada. Mas, segundo Gomes, ainda não há qualquer previsão para implantação do restante do projeto, porque depende do modelo financeiro de concessão a ser adotado.

Ainda na Baixada, já foi finalizado o levantamento de campo da pesquisa Origem-Destino, que visa dar confiabilidade para que a iniciativa privada possa investir com segurança no projeto. Foram entrevistados moradores de 8.310 domicílios para análise da demanda pelo novo meio de locomoção, do perfil dos futuros usuários, dos motivos da viagem, entre outros itens. Os resultados serão divulgados no final deste mês. Em Mogi, Gomes não sabe se esta pesquisa será necessária, mas adiantou que anualmente é feito levantamento semelhante nos 39 municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo.

Mogi

Enquanto todos os trâmites acima descritos já contam com datas e planos estabelecidos na Baixada, por aqui não há quase nada de concreto para a implantação do Metrô Leve. Na ocasião do anúncio do sistema em Mogi, no último dia 11, foi dito que não há previsão para o início dos serviços. Porém, no mínimo um período de seis meses ainda será necessário para estudos de equacionamento.

As modernas composições transitarão em um trecho de 13 quilômetros compreendidos entre as estações de Suzano e Estudantes, passando, além destas duas, pelas paradas de Jundiapeba, Braz Cubas e Mogi das Cruzes. Já é certo também que os muros que cercam a linha férrea serão derrubados e não haverá necessidade de construção de passarelas, viadutos ou pontes, uma vez que a proposta do novo modelo é viver em conformidade com o tráfego local.

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