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Conteúdo 19 de setembro de 2011

Varejo brasileiro mantém ritmo de crescimento em julho

As vendas do varejo brasileiro tiveram no mês de julho um crescimento de 7,1% na comparação com o mesmo período de 2010, de acordo com informações divulgadas nesta manhã pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O resultado foi o mesmo de junho e manteve o acumulado do ano em uma alta de 7,3%. Nos últimos 12 meses, o crescimento ficou em 8,5%, abaixo dos 8,9% de maio. “As vendas mantiveram o bom desempenho, com destaque para os bens duráveis, que continuaram avançando em dois dígitos mesmo com uma base de comparação elevada”, analisa Luiz Goes, sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza, empresa de consultoria especializada em varejo.

Considerando o Varejo Ampliado (que também envolve automóveis e materiais de construção), as vendas subiram 7,7%, acumulando 9% de alta no ano. “Tanto automóveis quanto materiais de construção desaceleraram no mês: as vendas de automóveis avançaram 8,8%, contra 12,6% em junho; e os materiais de construção subiram 7,5%, contra 13,4% no mês anterior. Embora o resultado tenha sido impactado pela base de comparação alta, a oferta de crédito continua impulsionando o consumo”, comenta Goes. “Por outro lado, a inadimplência vem em expansão e poderá ser um fator de atenção para os próximos meses”.

O desempenho do varejo brasileiro continua sendo destaque entre as principais economias mundiais. Na Zona do Euro, por exemplo, em julho as vendas recuaram 0,2% na comparação anual. No mercado alemão, houve crescimento de 1,6% e na França, alta de apenas 0,8%. Já no Reino Unido as vendas subiram somente 0,3% e na Espanha caíram 3,9%. Já nos Estados Unidos o avanço foi de 8,5%, ainda que sobre uma base de comparação bastante deprimida.

No Brasil, a expansão da massa salarial, decorrente do crescimento econômico, garantiu uma alta moderada das vendas de bens semiduráveis. Em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, por exemplo, houve alta de 10,3% em julho, acima dos 12,8% de junho. Já tecidos, vestuário e calçados tiveram alta de 1,4% no sétimo mês do ano, bem abaixo dos 11,3% do mês anterior. “A base de comparação é muito forte, uma vez que em julho do ano passado houve um crescimento de 12,5% em relação a 2009”, diz Goes. Embora o volume de vendas tenha crescido moderadamente, em faturamento houve uma alta de 10% em julho na comparação anual, mostrando que os consumidores adquiriram produtos de maior valor agregado, uma consequência do aumento contínuo da renda da população.

O segmento de supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve mais um mês com vendas abaixo da média: desta vez, crescimento de 4,5%, acima dos 2,7% de junho. “O setor vem crescendo de forma moderada neste ano. Em julho, especificamente, a desaceleração da inflação deu um novo impulso às vendas”, analisa Goes.

 Com a manutenção da alta de 7,3% nas vendas no acumulado do ano, as expectativas do varejo para este ano são otimistas. “O desempenho certamente ficará acima do PIB, pelo nono ano seguido. O cenário macroeconômico é positivo e a confiança dos consumidores mantém-se em níveis elevados, apesar da alta da inadimplência, que poderá trazer consequências no final do ano e no início de 2012. Ainda não está claro, porém, se os desdobramentos da crise internacional terão um forte impacto sobre o mercado brasileiro“, conclui.

Texto: Dfreire
Foto: Staock.xchng

 

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