Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 19 de abril de 2010

Varejo brasileiro cresce 12,3% em fevereiro, segundo IBGE

Números divulgados pelo IBGE mostram que as vendas do varejo brasileiro avançaram 12,3% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. O setor não apenas acelerou seu ritmo de crescimento (9,2% em dezembro e 10,4% em janeiro), como registrou o melhor índice desde março de 2008. “O desempenho reflete a melhoria das condições macroeconômicas do país depois do desaquecimento provocado pela crise financeira global no primeiro trimestre de 2009”, comenta Luiz Goes, sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza, consultoria especializada em varejo e distribuição.

O resultado do varejo brasileiro ficou, mais uma vez, muito acima do desempenho das principais economias do mundo. Nos Estados Unidos, as vendas do varejo cresceram 4,9% na comparação com fevereiro de 2009, enquanto nos países da Zona do Euro houve queda de 1,3% em relação ao ano passado.

Em fevereiro, todos os segmentos do varejo apresentaram crescimento acima dos 4,8%, sendo que a maioria dos setores teve alta de dois dígitos nas vendas. Esse cenário, na opinião do especialista da GS&MD, decorre em parte de uma base de comparação fraca, mas em maior medida de uma clara melhora no cenário macroeconômico nacional. “Setores como veículos, tecidos/vestuário, móveis/eletroeletrônicos e materiais de construção tiveram um desempenho muito fraco no início de 2009, por conta da crise financeira global. Isso favoreceu o crescimento de 16%, 11,8%, 22,2% e 15,1% desses segmentos, respectivamente, no mês de fevereiro”, comenta o consultor.

Outros setores, entretanto, tiveram números bastante expressivos sobre uma base de comparação já forte. É o caso de livros, jornais, revistas e papelaria, com expansão de 10.7%; de super/hipermercados, alimentos, bebidas e fumo (+11,5%); farmácias e perfumarias (+15,5%); e materiais de escritório, informática e comunicação (+18,8%). “Isso decorre de uma série de fatores, como as condições de crédito, a queda da inadimplência dos consumidores e o aumento da massa salarial, que favorecem o aumento do consumo”, enumera Goes.

As taxas de juros ao consumidor final chegaram em fevereiro a 41,9% ao ano, o menor índice dos últimos dez anos. Ao mesmo tempo, a inadimplência dos consumidores está em níveis inferiores aos do primeiro semestre de 2008. A massa salarial voltou a acelerar, crescendo 4,4% sobre o mesmo mês do ano passado, e a confiança está em um momento favorável. “Essa conjunção de fatores estimula os consumidores não apenas a adquirir bens duráveis, mas também itens de menor valor, e faz com que todo o varejo apresente um desempenho forte”, afirma Luiz Goes.

Segundo ele, o crescimento do varejo foi generalizado e nenhum Estado fechou o mês com crescimento abaixo de 8,5% nas vendas, mostrando que as condições macroeconômicas vêm melhorando consistentemente em todo o país. A GS&MD projeta para 2010 um cenário positivo para o varejo brasileiro. “As vendas novamente crescerão acima do PIB nacional, agora reforçadas pelos bens duráveis, que apresentarão um desempenho melhor que em 2009”, finaliza Goes.

Texto: Assessoria de Imprensa da GS&MD
Foto: Stock.xchng

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal