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Conteúdo 14 de dezembro de 2012

Transportadoras dão cada vez mais importância a serviços terceirizados de logística

A Capgemini Consulting, consultoria em estratégia e transformação global do Grupo Capgemini, em parceria com a Universidade da Pensilvânia, a empresa de recrutamento executivo Korn/Ferry e a fornecedora de serviços de logística Panalpina, anunciaram os resultados do relatório mundial que analisa o mercado de serviços terceirizados de logística. O 17º Estudo Anual sobre Terceirização de Logística (Annual Third-Party Logistics (3PL) Study) de 2013 revela que, apesar do cenário desafiador, o faturamento mundial do setor continua crescendo, com as empresas de logística aumentando a sua presença e criando valor para seus clientes. 65% das transportadoras respondentes declararam que aumentou o uso desses serviços em suas empresas.
 
O relatório revela que a concorrência mais acirrada e o ambiente econômico difícil levam as transportadoras a lançarem mão de empresas de logística como principal maneira de inovar a cadeia de suprimentos e mitigar os seus riscos. O relacionamento entre as operadoras de serviços de logística e as transportadoras continua evoluindo. Essas últimas buscam gerar valor real e diferenciação frente à concorrência, por meio de sua escolha do prestador de logística. No entanto, o relatório mostra que as empresas de logística ainda têm um longo caminho a percorrer para que consigam atender às crescentes demandas das transportadoras. 
 
Com base nas respostas de mais de 2.300 transportadoras e prestadores de serviços de logística na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América Latina e outras regiões, o estudo revela que as demandas de logística das transportadoras são cada vez mais complexas, na busca de novas e ousadas soluções que as ajudem a encontrar maneiras para crescer e diferenciar-se no mercado. Até recentemente, as empresas de logística podiam demonstrar inovação aperfeiçoando os seus processos gradualmente, adotando novas tecnologias ou melhorando a execução. No entanto, as transportadoras acreditam cada vez mais que tais melhorias nos processos não são suficientes para impulsionar suas cadeias de suprimento e que precisam de uma inovação drástica para conseguirem se diferenciar no mercado ou na cadeia de valor, oferecendo, por exemplo, entrega no mesmo dia ou adotando rótulos com RFID. Ainda assim, muitas transportadoras não confiam na capacidade de suas fornecedoras operarem no nível estratégico necessário para essa inovação drástica. As empresas de logística que responderam à pesquisa (89%) acreditam, em sua maioria, que estão prontas para inovar, mas apenas 53% das transportadoras concordam.
 
“A maior parte das parcerias entre as empresas de logística e as transportadoras não está configurada de forma a promover a inovação. As transportadoras geralmente contratam empresas de logística somente num nível muito tático, o que faz com que essas últimas não tenham uma visão ou percepção real da organização e de seus desafios," afirma Dan Albright, vice-presidente e responsável pela cadeia de suprimentos da América do Norte na Capgemini Consulting. “É necessário haver relações realmente estratégicas entre todos os parceiros envolvidos para desenvolver as inovações drásticas capazes de solucionar os desafios que as cadeias de suprimentos enfrentam. Isso exigirá uma mudança considerável na forma como muitas parcerias entre operadores logísticos e transportadoras são estruturadas”.
 
Da mesma forma, o relatório revela que, com a vulnerabilidade sem precedentes das complexas cadeias de suprimento atuais aos impactos negativos de eventos disruptivos, as transportadoras exigem também que seus fornecedores de logística sejam capazes de mitigar riscos. Diversos fatores, entre eles, cadeias de suprimentos ampliadas, estoques reduzidos e menores ciclos de vida dos produtos, estão tornando a interrupção da cadeia de suprimentos algo cada vez mais provável e mais caro do que nunca. As perdas econômicas com problemas da cadeia de suprimento aumentaram 465% de 2009 a 2011, enquanto o número de empresas que experimentam esse problema cresceu 15%¹. O relatório destaca que o mau tempo e a ameaça de uma pandemia são a maior causa de interrupção da cadeia de suprimentos, citadas por 69% das transportadoras respondentes. A volatilidade das commodities, mão de obra e despesas com energia elétrica estão em segundo lugar, citadas por 59%.
 
Consequentemente, quase metade das empresas de logística (44%) afirmam que estão mais preocupadas com os riscos da cadeia de suprimento e sua mitigação do que há cinco anos. Parcerias mais estreitas (69%), melhor planejamento da continuidade dos negócios (61%), ferramentas voltadas à visibilidade da cadeia de suprimentos (65%) e melhor treinamento dos funcionários (64%) são as principais estratégias que as empresas de logística estão usando para mitigar os riscos da cadeia de suprimentos.  Mesmo assim, apesar do crescente risco de interrupções, muitas empresas estão investindo pouco no planejamento da mitigação dessas paradas. Sem  estratégias mais modernas, tais como mapeamento da cadeia de suprimentos e gestão dos riscos empresariais, as estratégias atuais não serão tão eficientes na minimização desses riscos. As transportadoras que implementaram medidas eficientes afirmam que a melhor maneira de criar uma estratégia sólida para mitigação dos riscos da cadeia de suprimentos é realizar uma avaliação detalhada do estado da rede, criar um plano abrangente para corrigir as maiores fontes de vulnerabilidade e planejar a reação para o caso de interrupção.
 
“O aumento da concorrência e pressões sobre os preços estão fazendo com que transportadoras busquem custos menores de mão de obra e manufatura fora da empresa; a distribuição centralizada concentrou mais produtos e estoques num número menor de lugares; o ciclo de vida dos produtos está diminuindo em alguns segmentos e, ao mesmo tempo, as empresas estão reagindo ao ambiente econômico desafiador, reduzindo os seus estoques. Tudo isso está originando cadeias de suprimento globais cada vez mais complexas, aumentando, consequentemente, o impacto negativo gerado pela sua interrupção,” afirma Sven Hoemmken, diretor Global de Marketing e Vendas da Panalpina. "Uma estratégia de mitigação sensata é essencial para reduzir os custos e criar uma vantagem sobre a concorrência. Para desenvolver uma cadeia de suprimentos sólida, que equilibre os riscos e as novas oportunidades de crescimento, é necessário fazer uma avaliação rigorosa da cadeia atual, seguida de um plano de mitigação das maiores áreas de vulnerabilidade.”
 
O relatório também destaca o valor que algumas transportadoras estão gerando com os seus prestadores de serviços de logística. As transportadoras revelaram que gastam uma média de 12% do seu faturamento em logística, sendo cerca de 39% desse gasto com serviços terceirizados de logística, e tanto as transportadoras  (86%) quanto as empresas de logística (94%) consideram a relação entre eles bem sucedida. Um pouco mais da metade (56%) das transportadoras disseram que a contratação de um prestador de serviço de logística gerou diretamente benefícios anuais adicionais. Elas também declararam que obtiveram uma grande economia com a redução dos custos de logística (15%), redução do custo do estoque (8%) e redução dos ativos fixos de logística (26%).
 

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