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Conteúdo 26 de fevereiro de 2009

Siniti Nagamine (Tebar)

Em entrevista exclusiva, o gerente do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), Siniti Nagamine, admitiu que a exploração da camada pré-sal deve modificar radicalmente a rotina do Porto de São Sebastião nos próximos anos, atraindo ainda mais cargas e petróleo para o segundo porto mais importante de São Paulo. Funcionário da Petrobras há exatos 30 anos e gerente do Tebar desde novembro do ano passado, Siniti tem como grande desafio em 2009 vencer o medo coletivo causado pela crise financeira mundial.

Por isso, assim que foi questionado sobre a possibilidade da Transpetro colocar o pé no freio e deixar na gaveta os projetos de expansão de São Sebastião, ele adotou uma postura enfática e garantiu que o braço logístico da Petrobras não deu ordem alguma de retração de investimentos. Ou seja, nada muda para os mil funcionários que atuam no Tebar. “Cabe a nós trabalhar e enfrentar essa situação nada animadora que cerca a economia global”, disse Siniti Nagamine.

Casado, pai de dois filhos e engenheiro civil desde o final de 1978, o atual gerente do Tebar trabalhou na Bacia de Campos, em Macaé (RJ), de onde saiu para atender as necessidades da Transpetro. Por conta disso, desde a segunda metade dos anos 90, ele já passou por São Caetano do Sul, Guarulhos, Guararema e Santos, onde ficou de 2005 a 2008. “Estudamos a construção de dois berços de atracação para navios petrolíferos em São Sebastião e a instalação de três novas bombas só com a finalidade de movimentação de produtos”, prevê um otimista Siniti.

 
Quais as prioridades do Tebar para 2009?
Siniti – Temos projetos de longa duração para o Tebar. Eles não se encerram neste ano, mas já começam agora. E nessa lista, está a construção da nova Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Estamos em fase de assinatura de contratos, para posterior início das obras. A ETE vai facilitar a vida de todos que dependem do Tebar. Além disso, estamos estudando a construção de dois berços de atracação para navios petrolíferos em São Sebastião e a instalação de três novas bombas só com a finalidade de movimentação de produtos.

 
A crise financeira fez algum projeto ser cancelado?

Siniti – Olha, a crise afeta todas as empresas, sendo umas em maior grau, outras em uma escala menor. Mas, aqui em São Sebastião, não houve determinação da Transpetro para a interrupção de nossos projetos e, por conta disso, cabe a nós trabalhar e enfrentar essa situação nada animadora que cerca a economia global. 95% do que movimentamos tem origem no petróleo. O produto chega pelos navios e daqui o enviamos pelas dutovias para todo o Interior do País. Este movimento encontra-se estável, não foi afetado pelo mercado.

Quantas pessoas são empregadas pelo Tebar?
Siniti – Estamos com 250 empregados próprios e 750 terceirizados, sendo que os últimos flutuam conforme o surgimento ou desaparecimento de obras temporárias, que exigem esforço concentrado e mais gente no campo para executar os trabalhos com rapidez. É como se fosse uma pequena cidade dentro de São Sebastião.

Qual a importância do Tebar para Transpetro e Petrobras?
Siniti – O Terminal Marítimo Almirante Barroso é o maior da América Latina e por ele passa todo o petróleo processado nas refinarias da Petrobras em Cubatão, São José dos Campos, Paulínia e Mauá. Ou seja, tudo que São Paulo processa passa por São Sebastião. E isso é cerca de 50% de todo o petróleo processado no Brasil, provando a importância logística que o Tebar apresenta para a nação.
 

O senhor disse que a Transpetro pretende construir mais dois berços de atracação, sendo que hoje ela já conta com quatro atracadouros. A retroárea do Tebar suportaria esse aumento sem grandes modificações?
Siniti – Temos um parque da tancagem com 40 tanques, que suporta 1,8 milhão de metros cúbicos de petróleo e dá conta de um eventual aumento. E com a nova camada pré-sal, a logística do litoral brasileiro será afetada e transformada. Este projeto, vale lembrar, está sendo conduzido pela Petrobras e nós, da Transpetro, temos pouca participação nas explorações e estudos. O que sabemos, entretanto, é que o Porto de São Sebastião e o Tebar deverão receber ainda mais cargas, terão mais óleo para escoar. Isso não resta dúvida.
 

Como é a relação das administrações de Tebar e Companhia Docas de São Sebastião?
Siniti – Trata-se de uma relação muito cordial, não só com o pessoal do porto, mas com a Cidade como um todo. A gente tem reuniões frequentes, dividimos assentos no Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e quando há alguma dúvida, logo nos falamos para equacionar os problemas. Não temos nenhum tipo de problema com a Autoridade Portuária.

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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