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Conteúdo 4 de julho de 2008

Setor industrial gaúcho perde 5,8% em faturamento.

Pela primeira vez em 18 meses, o faturamento do setor industrial gaúcho fechou negativamente, na comparação do mês com mesmo período do ano anterior. Em maio, a queda foi de 5,8%, segundo números divulgados pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) ontem. "Apesar de o resultado ter sido influenciado pelo menor número de dias do calendário, o que mais impactou foi a valorização cambial, que chegou a 16%, além do patamar já elevado de produção verificado no ano passado", afirmou o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

As indústrias cujas exportações respondem por mais de 22% do seu faturamento contribuíram para os resultados negativos do mês de maio. O faturamento dessas caiu 11,8% em relação ao mesmo mês de 2007, enquanto na média da indústria em geral, esse resultado foi de 5,8% negativos. Apesar disso, os empregos (2,7%) e a massa de salários (5,8%) cresceram na mesma base de comparação, mesmo descontando os efeitos inflacionários.

Já no acumulado do ano, foi o mercado de trabalho que ditou a dinâmica da atividade industrial. A elevação de 4,3% do número de empregos, aliada aos reajustes de salário médio em 7% acima da inflação, fez com que a massa de salários ficasse em 11,7%, maior que o mesmo valor dos primeiros cinco meses de 2007. "Há dois aspectos importantes nesse cenário. Em primeiro lugar, que as regiões onde a indústria se faz presente sintam mais a circulação de riqueza, com resultados positivos sobre o comércio nos próximos meses. Porém, é importante que essa alta de custos de produção seja compensada com um maior nível de produtividade nas empresas, para que as mesmas consigam competir", afirmou Tigre. O industrial destacou ainda que o crescimento do emprego ocorreu de forma generalizada na indústria gaúcha, conforme demonstrou o índice de difusão, que indicou que 70% das empresas elevaram seu quadro de empregados nos primeiros cinco meses do ano.

Em termos setoriais, as principais contribuições para o desempenho do IDI-RS no acumulado do ano vieram de Máquinas e Equipamentos (28,8%), Veículos Automotores (17%) e Alimentos (12,4%). Já os resultados negativos foram em Couros (-4,3%) e Bebidas (-7,2%). A utilização da capacidade instalada foi 86,6%, a maior da série histórica, que se iniciou em 1992. Os segmentos que bateram recorde foram Alimentos (90,2%), Máquinas e Equipamentos (90,1%) e Veículos Automotores (87,7%).

 

Fonte: Portal NewsComex

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