Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 5 de maio de 2013

Segmento atacadista cresce acima da inflação e mantém projeções de alta

Com número recorde de 471 participantes em 2013, uma amostragem que representa quase 40% do segmento, o Ranking ABAD/Nielsen 2013 – base 2012 oferece um retrato fiel do atacado distribuidor nacional.

Os dados deste ano sugerem o crescimento mais acentuado dos atacados médios, acompanhando a evolução dos supermercados da mesma categoria nas cidades de médio porte no interior dos estados mais desenvolvidos e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Com isso, se consolida uma tendência de regionalização do crescimento que vem sendo uma constante nos últimos anos.

A mais recente edição do levantamento mostra que o segmento atacadista distribuidor cresceu 2,5% (8,5% nominais) em 2012 sobre 2011 e atingiu faturamento total de R$ 178,5 bilhões. Em um mercado de consumo que representou uma receita de R$ 344,1 bilhões no ano passado, os agentes de distribuição responderam por 51,9% da movimentação dos itens de consumo básico das famílias. Com isso, a participação dos agentes de distribuição no mercado mercearil permanece acima dos 50%, pelo oitavo ano consecutivo.

Dessa forma, é possível dizer que o canal atacadista cresce de forma consistente, acima da inflação, e acompanhando a movimentação do mercado consumidor.


Expectativas

É notável a concretização das expectativas dos atacadistas, pois 83% dos que previam aumentar seu faturamento no ano passado conseguiram realizar essa previsão.

Para 2013, mesmo com os sinais de desaceleração econômica que se iniciaram em 2010 e se intensificaram no segundo semestre de 2012, a perspectiva é ainda mais otimista do que no ano passado, não apenas em relação ao faturamento. Em relação à rentabilidade, a expectativa atingiu seu maior patamar desde 2008.

Para o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho, o portfólio do setor – que inclui produtos de consumo essencial como alimentos e itens de cuidados pessoais e limpeza doméstica – e os recentes movimentos de desoneração realizados pelo governo contribuem para esse sentimento positivo.

A consequência mais direta desse otimismo são os investimentos planejados para este ano, em especial nos itens área de armazenagem, tecnologia de gestão, sistemas de informação e TI e aquisição de frota própria. Entre os respondentes do Ranking, 59,8% afirmam que farão investimentos em área de armazenagem; 75,1%, em tecnologia de gestão; 72,2%, em sistemas de informação e TI; e 61,6%, em frota própria.


Preocupação com a infraestrutura

A infraestrutura de transporte, contudo, é preocupação crescente do setor. Entre os empresários que responderam o Ranking ABAD, o percentual que considera que a infraestrutura de transporte é quesito de alto impacto nas operações do atacado distribuidor passou de 46,5% na última pesquisa para 62,2% no levantamento atual.
 
Por ser um dos principais aspectos que afetam a produtividade dos agentes de distribuição, a infraestrutura de transportes é um dos temas preferenciais a serem tratados pela Frente Parlamentar dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo, que está sendo formada sob a coordenação do deputado federal Antônio Balhmann (PSB-CE).
 
A Frente, que deve começar a atuar já em maio, vai acompanhar políticas públicas, propostas legislativas e debates, além de elaborar programas e projetos voltados ao desenvolvimento do setor.
 

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal