Receita líquida do setor de embalagens deve chegar a R$ 50 bi em 2014
A ABRE – Associação Brasileira de Embalagem divulgou o Balanço Setorial de Embalagem através do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV.
Segundo o estudo, a produção física de embalagem cresceu 2,66%, no primeiro semestre de 2013, ficando muito próxima da previsão realizada no início do ano que era de crescimento de 2,5%.
No entanto, este desempenho não foi uniforme ao longo dos seis primeiros meses do ano. No primeiro trimestre, o setor se expandiu a uma taxa de 4,8%, em relação ao mesmo período de 2012, porém nos três meses seguintes, o crescimento não foi além de 0,6%.
Salomão Quadros, Coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, explica que esta desaceleração não significa que o setor deixará de crescer e sim que deve crescer em ritmo mais lento do que o apresentado no primeiro semestre, como mostra a trajetória dos bens de consumo semi e não duráveis, principais usuários de produtos de embalagem.
Essa categoria passou de uma queda de 3,6%, no primeiro trimestre, para uma elevação de 2,5%, no segundo.
Esse fator contribui para que a expectativa para o segundo semestre seja de moderação no ritmo de crescimento da indústria de embalagem.
O valor bruto da produção física de embalagem atingiu 47,2 bilhões de reais em 2012. A participação por setor neste faturamento é de 39,05% dos materiais plásticos, seguido pelo setor de celulósicos com 36,51%, somados os setores de papelão ondulado com 20,21%, cartolina e papelcartão com 10,31% e papel com 5,99%, e metálicos com 16,70%.
No último ano, entre junho de 2012 e junho de 2013, houve recuperação de 4.115 postos de trabalho, após perda de 798 postos de trabalho entre junho de 2012 e junho de 2011.
Porém, a taxa de crescimento do número de pessoas ocupadas avançou continuamente de 0,48%, em janeiro, para 1,83%, em junho.
A indústria de embalagem deve crescer 1%, no segundo semestre de 2013 e o resultado anual ficará próximo de 2% de crescimento em volume de produção.
Os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas próximas a R$ 50,4 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões, gerados em 2012.
O nível de emprego na indústria deverá aproximar-se de 230 mil postos, em dezembro.