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Conteúdo 6 de julho de 2009

Programa do Governo Federal abre porta para a Logística Reversa

O Programa de Substituição e Promoção de Acesso a Refrigeradores Eficientes, desenvolvido pelo Governo Federal, dentre muitas outras finalidades, deve promover a indústria de reciclagem em grande escala, impulsionando a Logística Reversa no Brasil.

Grande parte do povo brasileiro certamente está a par da redução do IPI – Imposto sobre Produto Industrializado dos produtos da linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras, etc.). O que nem todos sabem é que essa medida gera muitas oportunidades para a Logística Reversa, serviço que cresce a cada dia no país. “A redução do IPI nos produtos da linha branca é uma forma de incentivar a LR coordenada pela indústria e pelo varejo. Incentiva, ainda, a reciclagem dos refrigeradores recolhidos”, afirma Danilo Furtado, assessor especial do Ministério de Minas e Energia.

De acordo com ele, o governo quer ampliar este Programa que, de certa forma, já existe, mas não da forma correta no aspecto da LR. Por isso, quer incentivar a substituição dos equipamentos antigos via mercado. “Uma geladeira é responsável por cerca de 21% do consumo residencial mensal de energia no país e, hoje, são aproximadamente 12 milhões de equipamentos em uso há mais de anos. O Programa visa substituir cerca de 10 milhões desses refrigeradores em um prazo de 10 anos”, destaca.

Furtado diz que a ideia é garantir subsídios para o setor produtivo nos primeiros dois anos de Programa, proporcionando meios para que fabricantes, varejistas e recicladores invistam na LR. Ele faz questão de enfatizar, ainda, que o consumidor que entregar o equipamento obsoleto terá bônus e financiamento diferenciado na compra de um equipamento novo. “O ato da troca do refrigerador deverá ser simplificado ao máximo para o consumidor. Esse foi um dos consensos quando o Programa estava sendo desenvolvido. É preciso bonificar o consumidor para que ele entregue a geladeira antiga à reciclagem, ao invés de vendê-la para alguém ou se desfazer de alguma outra forma inadequada”, explica.

Entenda o processo da LR incentivada pelo Programa

O consumidor entrega a geladeira velha ao varejista, que cuida do transporte. Em seguida, o equipamento é armazenado, reciclado e os componentes reciclados são negociados com empresas que compram sucatas, metais, gases, etc.

No entanto, o papel do consumidor neste contexto é muito mais simples: ele adquire um novo refrigerador e ao recebê-lo em casa, entrega o equipamento antigo para o varejista. Dessa forma, será bonificado e terá direito a condições especiais de financiamento da geladeira nova. “O Programa projeta benefícios nas questões Energética, Social, Ambiental, Industrial e Econômica”, comenta Furtado.

A outra ponta do processo

Um dos prováveis destinos dos componentes recicláveis de sua antiga geladeira é a Oxil Manufatura Reversa e Gerenciamento de Resíduos, empresa responsável pelas seguintes etapas no processo de manufatura reversa: conferência, recepção e descarga, descaracterização, processamento e re-integração no ciclo econômico. Lá, os materiais deixam de ser resíduos e viram novamente matéria-prima.

Akiko Ribeiro (foto), diretora comercial da empresa conta que o índice de aproveitamento dos resíduos gerados para reciclagem chega a 95% e destaca que todos os mercados são clientes potenciais para a Oxil, já que em toda empresa sempre há componentes que necessitam de uma destinação correta.

Ela aponta que o maior desafio nesse processo é que ninguém quer pagar para descartar. Mas acontece que o processo de reciclagem gera custos para desmontagem, processamento, logística, entre outros. “É preciso conscientização de todos os lados, mas o fato de haver uma legislação ambiental crescente é muito bom”, lembra esperançosa.

Na visão de Akiko, a aceleração do consumo provoca um aumento exponencial na descartabilidade, o que faz despertar a preocupação ambiental. Nesse sentido, a Oxil já reciclou cerca de 30.000 refrigeradores substituídos por conta do Programa de Eficiência Energética, promovido pelo Governo Federal, que objetiva coletar refrigeradores obsoletos da população de baixa renda e substituí-los por equipamentos novos e mais eficientes, com redução de consumo de energia e menos prejudiciais ao meio ambiente.

 

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