Prevenir efeito da logística no aquecimento global é mais barato

O aquecimento global vai mudar o ambiente de negócio e afetar a competitividade das empresas. Estudos indicam que prevenir é mais barato que remediar. Além dos riscos, existem oportunidades também.

“É preferível preparar-se a ser pego de surpresa. A gestão climática envolve mensurar emissões GEE, mitigar essas emissões na medida do possível, compensar o que não for mitigável, adaptar-se às mudanças do clima e ser um elo virtuoso da cadeia de valor, pois é impossível ser sustentável sozinho”, disse Ricardo Esparta, diretor da EQAO, empresa convidada para a reunião do Comitê de Sustentabilidade da Abralog – Associação Brasileira de Logística, realizada no dia 22 de agosto último.

A EQAO é uma das empresas pioneiras e líderes em assessoria estratégica para baixo carbono. Participaram da reunião representes da Ambev, Correios, MTO Logística, TÜV Rheinland, Atacadão, Coopercarga, TRD Systems, WG Associoados e Rio Verde.

Para o presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, a Frente Nacional pela Multimodalidade lançada pela Abralog incorporará o atendimento das metas da Política Nacional de Mudanças Climáticas, de Resíduos Sólidos e de Eficiência Energética, considerando a integração das plataformas logísticas.

Segundo o Vice-presidente de Sustentabilidade da Abralog, Ricardo Vieira, há inúmeras oportunidades de melhoria no setor de transporte e logística: elaboração dos inventários de gases do efeito estufa (GEE), plano de mitigação e adaptação, aplicação de soluções e tecnologias de redução de emissões e consumo de combustível, etc.

“Considerando os registros públicos de emissões, a participação do setor de transporte e logística é ainda muito baixa diante do seu volume total de emissões de GEE. O setor precisará buscar mecanismos fiscais e tributários para viabilizar os projetos de menor emissão no mercado nacional", disse Ricardo Vieira.

Em novembro, a Abralog promoverá a workshop técnico com foco na discussão do Plano Setorial de Mudanças Climáticas para seus associados, com a participação do Ministério do Meio Ambiente, das Cidades e do Ministério dos Transportes, considerando as metas voluntárias de redução de emissões GEE.