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Conteúdo 16 de junho de 2008

Porto de Itajaí preocupado com perda de cargas para Navegantes

O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) acaba de formar um grupo de trabalho especial com missão de buscar formas para retomar o crescimento na movimentação de contêineres no Porto de Itajaí. A queda nos trabalhos foi alertada pelo diretor do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo), Luciano Rangel Rodrigues, durante a reunião do conselho desta sexta-feira (13/06), no auditório do Porto de Itajaí. Em maio, o terminal itajaiense movimentou 25 mil contêineres, 11 mil a menos do que em agosto de 2007, quando o balanço fechou em 36 mil unidades.

O prognóstico para junho, segundo Luciano, aponta para uma queda ainda maior. Se permanecer a média de unidades movimentadas nos 10 primeiros dias do mês, o Porto de Itajaí deverá fechar junho com, no máximo, 20 mil contêineres. “E se isso acontecer, não teremos dinheiro para pagar as contas”, diz. “E ainda ocorrerá uma queda automática na remuneração do trabalhador e no poder aquisitivo de toda a cidade”, opinou.

A transferência de algumas linhas de navios para o terminal de Navegantes e problemas estruturais na fiscalização sanitária estão entre os motivos apontados para a queda na movimentação de contêineres pelo Porto de Itajaí. O alerta acabou reforçado pelo representante da Sadia na reunião, Osvaldo de Carvalho Filho. Segundo ele, a empresa movimentou 15 mil toneladas de carne congelada pelo terminal itajaiense em abril, exatamente a metade das 30 mil do que já movimentou por ali.

Para ele, a infra-estrutura dos órgãos públicos são também fatores determinantes para que algumas linhas de navios e, em alguns casos, o próprio exportador migre suas cargas para outros portos. “Dificuldades de ordem aduaneira e sanitária certamente impactam na decisão por onde exportar o produto”, comentou durante a reunião.

O diretor comercial do Teconvi – empresa arrendatária de parte das operações do Porto de Itajaí -, Alexandre Heitmann, afirma que a diferença de 10 mil contêineres desde 2007 não se resume apenas a migração de navios para o terminal de Navegantes. Segundo ele, alguns joints foram desfeitos e não operaram mais em outros portos da região. “Mesmo assim o porto está lotado. Ainda que consigamos elevar o número de contêineres, temos que achar a fórmula certa entre volume de mercadorias movimentadas e produtividade”, disse.

Esta fórmula, segundo o diretor comercial do porto, Marcelo Salles, pode estar em algumas medidas que a administração do terminal já está tomando para abrir espaços e melhorar o serviço. A previsão de derrubar o armazén 2, que atende o berço 3, para instalação de equipamentos é um dos reforços previstos na prestação de serviços do terminal. Segundo ele, o Porto de Itajaí também já deu início a estudos para a criação de uma segunda bacia de evolução, mais larga do que a atual, de 400 metros. A médio e longo prazo, isso pode significar a atração de linhas de navios maiores para o complexo portuário de Itajaí.

NOVOS ARMADORES

Três novos armadores passaram a operar no Porto de Navegantes desde maio. Os navios Turin Express, vindo de Caucedo (República Dominicana), e Mate, proveniente de Shanghai (China), marcaram o início da operação do alemão Hapag – Lloyd e do japonês NYK Line, que tradicionalmente operavam apenas com o Porto de Itajaí.

No início de junho, a coreana Hyundai Merchant Marine trouxe o seu Hyundai Vladvostok, proveniente da China, o centésimo navio a atracar em Navegantes desde seu alfandegamento em outubro de 2007. Os navios da Hapag Lloyd e da NYK Line que, a partir de agora, passam a movimentar cargas pelo terminal semanalmente, estão divididos em dois serviços: linha ANS-BEX (Hapag Lloyd/NYK Line) e linha NHX (NYK Line/ Hyundai Merchant Marine).

Os armadores trabalham de forma casada, dividindo os navios e o espaço, trazem cargas diversas e tem previsão de movimentar cerca de 500 TEUs cada, por escala. A Hapag Lloyd, por sua vez, deve movimentar cargas diversas semanalmente, com previsão de operar 350 TEUs por escala. Até maio, o Porto de Navegantes já movimentou cerca de 75 mil TEUs. Atualmente, o terminal tem acordos comerciais com seis armadores: o suíço MSC, que movimenta cargas desde o inicio das atividades do porto, o israelense ZIM, os alemães Hamburg Süd e Hapag – Lloyd, o japonês NYK Line, e o coreano Hyundai.

 

 

Fonte: NetMarinha

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