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Conteúdo 20 de junho de 2011

Pesquisa indica que empresas não sabem lidar com a escassez de mão de obra qualificada

Apenas 60% das vagas disponíveis nas empresas são preenchidas por pessoal qualificado. Cerca de 83% das indústrias brasileiras sofrem para encontrar e reter profissionais preparados. O problema é tão alarmante que ocupa 20% do tempo dos altos executivos. Os dados são de pesquisa elaborada pelo Instituto ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain).

O Brasil está entre os países que tem mais dificuldades em encontrar profissionais qualificados, mesmo com a economia estabilizada. Com isso, as organizações acabam sobrecarregando os profissionais com mais trabalho: 20% transferem a tarefa para outras áreas da companhia, apenas 10% contratam trabalhadores temporários para adiantar alguma atividade e outros 10% buscam automatizar os processos.

A terceirização das tarefas é uma alternativa para 3% da empresas nacionais. Enquanto 7% aceleram as promoções internas para a ocupação das vagas ociosas. Além disso, 40% das empresas entrevistadas subiram o nível salarial pago, chegando a uma média de 18% de aumento.

Só no setor de Compras/Suprimentos (presente em organizações de todos os portes e segmentos) leva-se em média quase 3 meses para preencher uma posição. O investimento em capacitação está nos planos de 82% das empresas nacionais e também dos próprios funcionários do setor, que buscam melhores oportunidades.

Ao todo o instituto ILOS consultou 92 profissionais de 30 das maiores empresas brasileiras para elaborar o estudo. Um dos coordenadores é Ataíde Braga, professor e pesquisador do Instituto ILOS e integrante do Comitê Organizador do Fórum de Compras & Suprimentos.

“O volume de investimentos em capacitação em Compras tem sido superior ao registrado em áreas afins, como logística e supply chain. Mas o problema de falta de qualificação é igualmente grave em todos os setores das organizações dos mais diversos segmentos da economia. As oportunidades são cada vez maiores no mercado de trabalho brasileiro. Falta qualificação”, garante Ataíde.

O estudo mostra que entre janeiro e abril deste ano foram gerados 880.711 postos de trabalho formal. O terceiro melhor resultado do Ministério do Trabalho e Emprego, considerando o período entre os anos de 2003 e 2011. A previsão é de que a taxa de desemprego tenha sua menor média anual (6.2%) dos últimos nove anos. Cerca de 270 mil vagas por mês vem sendo criadas por aqui, enquanto os Estados Unidos precisam de 300 mil vagas mensais e estão criando apenas 54 mil.

“É uma questão conjuntural que precisa ser resolvida com urgência para que o país possa dar conta de demandas imediatas, como o pré-sal, Copa do Mundo e Olimpíadas”, conclui Ataíde.

Texto: MPF Comunicação
Foto: Stock.xchng

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