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Conteúdo 1 de junho de 2009

O Supply Chain de diferentes segmentos durante a crise

De acordo com Carlos Panitz, presidente do Inbrasq – Instituto Brasileiro de Supply Chain (foto), que mediou uma debate entre José Roberto Fornazza, diretor de Supply Chain da Bic Brasil, Fabio Luiz Peres Miguel, coordenador de Custos da Citröen e Peugeot, e Cássio Azevedo, gerente de Customer Service da Sadia, durante a V Maratona de Supply & Demand Chain Management realizada nos dias 6 e 7 de maio último em São Paulo, SP, reduzir estoques e diminuir os custos em todos os processos operacionais tem sido os grandes desafios do Supply Chain no atual momento de incerteza da economia mundial.

Segundo disse Fornazza, da Bic, na indústria de bens de consumo a crise abateu a todos, mas com diferentes intensidades, já que uns produtos foram mais impactados do que outros. “Por incrível que pareça, alguns setores tiveram que lidar com aumento de demanda, porque mesmo na crise surgiram oportunidades”. Ele destacou que, no Brasil, o segmento de aparelhos de barbear teve um aumento de demanda. No entanto, o mercado de canetas promocionais caiu bastante, assim como a demanda no mercado externo que a Bic atende.

Já Miguel, da Citröen e da Peugeot, revelou que o primeiro impacto da crise no setor automotivo ocasionou as férias coletivas e o acúmulo de estoque nas empresas do segmento, além de problemas de caixa para controle de custos. “Agora é o momento de se gerir a logística com flexibilidade e dar mais atenção ao relacionamento com os fornecedores”, apontou. “Os erros relacionados à questão de armazenagem e estoques já estão sendo revistos.”

Por sua vez, Azevedo, da Sadia, relatou que no mercado interno os volumes da empresa se mantiveram, enquanto no externo houve uma queda de demanda. “O nosso caso é complicado porque os pintinhos, perus e porcos continuam crescendo e isso faz com que seja impossível diminuir estoques”, brincou, ilustrando o motivo de não poder reduzir os estoques como as empresas de outros setores têm feito durante a crise. Uma das saídas adotadas pela Sadia para conseguir manter o equilíbrio foi a redução de SKUs, já que a empresa tem um portifólio muito extenso. “Focar nos produtos mais rentáveis é o mais importante nesse momento”, afirmou.

A mesma medida foi adotada pela Bic. Segundo Fornazza, cortar produtos do portifólio não é algo fácil de ser feito por uma empresa, mas é uma alternativa nesse período de incertezas, ainda mais porque, só em nível nacional, a Bic tem cerca de 500 tipos de produtos. “O nível de serviço também é um ponto-chave para as empresas estarem bem na retomada pós-crise”, completou.

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