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Conteúdo 11 de julho de 2011

O Brasil está atrasado na sustentabilidade nos transportes de cargas

“O Brasil está pelo menos 15 anos atrasado quando assunto é sustentabilidade no setor de transporte de cargas. Muito se fala do assunto, mas nem sempre com propriedade. É preciso rever, o quanto antes, os processos para que possamos pensar em ter portos, verdadeiramente, sustentáveis”. A conclusão, do vice-presidente da CBC – Câmara Brasileira de Contêineres, Transporte Ferroviário e  Multimodal e professor de Gestão Portuária e Terminais do Curso de Logística Portuária da Unisanta, Washington Soares, tem como base as informações colhidas durante sua participação em uma das principais conferências mundiais sobre Produção, Operações, Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística, o POMS 2011 – Production and Operatations Management World Conference, que aconteceu no início de julho em Nevada, nos EUA.

Segundo Soares, quando o assunto é transporte de cargas, a realidade internacional está muito diferente da nossa. Enquanto no Brasil ainda é preciso convencer os empresários a migrarem de um modal poluente para outro mais ecoeficiente, que lance menos CO2 na atmosfera, na Europa e Japão a troca modal já é passado.  “O tema central das discussões sobre sustentabilidade no deslocamento de cargas hoje está voltado às inovações tecnológicas, mudanças de processos, por exemplo, como fazer que modais poucos poluentes, como as ferrovias, sejam ainda mais eficientes”.

De acordo com o vice da CBC, no evento foram apresentadas perspectivas, inclusive, do uso de locomotivas híbridas e para o aproveitamento da energia gerada por vagões. “Esta é a realidade nos países que investem e se preocupam com sustentabilidade. Em contrapartida, no Brasil – e até mesmo no porto de Santos, maior da América Latina – somos obrigados a conviver com descaso, falta de investimentos e de incentivos fiscais e a já conhecida cultura rodoviarista. É preciso fomentar a multimodalidade através das ferrovias e também da cabotagem para se ter mais ecoeficiência no transporte de volumes”, defende.

Soares explica que, a ecoeficiência – tema tão debatido internacionalmente – é um conceito de sustentabilidade criado em 2009 pelo WBCSD – World Business Council of Sustainable Development, um conselho que reúne cerca de 200 empresas que tratam exclusivamente de desenvolvimento sustentável, oriundas de 30 países diferentes e 20 grandes setores industriais. “A ecoeficiência é uma filosofia de gestão que incentiva as organizações e cadeias de suprimento a procurar e investir em melhorias ambientais que gerem, paralelamente, benefícios às empresas, para que se tornem mais responsáveis no aspecto ambiental, econômico e social, a partir de inovação, gerando crescimento e competitividade”.

Texto: CONTEÚDO EMPRESARIAL
 

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