Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 14 de abril de 2013

Mercado de coletores de dados tem cenário positivo no Brasil

O mercado de coletores de dados cresce cada vez mais no Brasil. A mobilidade, muito necessária dentro das empresas, tem feito com que esse tipo de ferramenta deixe de ser exclusividade das grandes companhias e passe a fazer parte, também, das de médio e de pequeno porte.

Além da mobilidade, a tendência positiva do mercado se deve, segundo executivos do segmento, a um aumento no número de aplicações desse tipo de ferramenta, bem como a uma maior conscientização por parte dos usuários de que esse pode ser um fator determinante na busca por eficiência.

“Há alguns anos, as empresas enxergavam um leitor de dados igual a qualquer outro. Hoje, com a necessidade do aumento constante da produtividade, elas perceberam que um código não lido ou lido com dificuldade, que obriga o desvio de um processo para a digitação de números, reduz o desempenho e aumenta custos, chegando ao ponto de inviabilizar operações”, analisa Cássio Pedrão, diretor geral da Honeywell Scanning & Mobility para América do Sul (Fone: 11 5185.8226).

Ainda segundo ele, a automatização passou a ser um verdadeiro diferencial competitivo, fazendo com que os coletores de dados ganhassem cada vez mais espaço e funções. “Hoje, os coletores são utilizados em diversos processos, desde o controle de estoque, apontamento de processos e/ou recebimento de mercadoria até em operações rotineiras dentro do comércio, como para verificar preços em gôndolas de forma mais eficiente e ágil.
A automatização de processos reduz erros no controle e garante operações mais ágeis e com mais eficiência”, completa Pedrão.

Flavio Donadio, especialista em mobilidade da Codeprint (Fone: 11 2119.3000), concorda com a diversificação de uso dos coletores de dados. Segundo ele, os coletores reúnem recursos de vários equipamentos em uma única unidade portátil, podendo, assim, ser utilizados em qualquer atividade que requeira interface com o usuário, captura de dados e mobilidade.

“Eles podem ser aplicados em praticamente qualquer mercado, desde o varejo à indústria pesada, deixando de ser uma ferramenta dedicada a aplicações em logística. Os scanners, por exemplo, mesmo os sem fio, têm sido substituídos pelos coletores, e agora ficam relegados a aplicações estacionárias, como os checkouts no varejo, gerenciamento de documentos e algumas poucas aplicações em manufatura”, afirma Donadio.

Com a ajuda dos coletores de dados, as empresas conseguem ter uma visão geral da localização de cada um de seus terminais. No momento da entrega de uma mercadoria, por exemplo, é possível obter a comprovação de que o funcionário realmente está no local, graças ao uso do GPS.

“Atualmente há um crescimento nas aplicações em campo, como coleta e entrega de encomendas, automação de força de vendas e serviços de manutenção em campo. Isso graças à alta disponibilidade de redes de telefonia celular e à necessidade cada vez maior de ter informações atualizadas em tempo real. As empresas querem os benefícios da captura de dados não somente em suas operações internas, como a logística e a produção, mas, também, fora da empresa”, explica Donadio, da Codeprint.

Um dos setores que tem se destacado em aplicações com coletores de dados é o de logística. Segundo Domingos Mancinelli, gerente de vendas da Cognex (Fone: 11 98449.3270), existe um aumento expressivo de atividades dentro desse segmento. “Acreditamos que o setor logístico deverá manter seu crescimento nos próximos anos e desenvolvemos toda uma família de leitores fixos e manuais com as características de preço e desempenho ideais para o uso dentro desse setor”, diz ele.

Novidades
Com um cenário positivo e promissor, os lançamentos e as inovações dentro do segmento de coletores de dados são constantes. Entre as principais, estão as aplicações de codificações diretamente na superfície das peças, a coleta de dados por voz e a captura de códigos de barras por imagem.

“Os fabricantes de AIDC estão focados, principalmente, na captura de códigos de barras por imagem, que não tinham um desempenho tão bom quanto os baseados em laser. Outra tendência interessante, mas ainda relegada a alguns nichos, é a coleta de dados por voz. Atualmente, ela é quase que exclusiva à aplicação de picking, muito indicada em casos onde a variedade de itens na ordem de separação é grande, a quantidade por item é pequena e os itens são produtos individuais ou caixas. Essa tecnologia, aliada a computadores “vestíveis” (wearables) ou sistemas de HUD (heads-up display), podem revolucionar a maneira como os usuários interagem com sistemas e levar a tecnologia de voz a outras áreas e aplicações”, diz Donadio.

Dentro da Codeprint entre os produtos de destaque está o EA30. Capaz de decodificar códigos de barras de baixo contraste com rapidez, ele possui maior tolerância a movimentos e a distâncias de leitura.

Segundo a empresa, devido à sua iluminação branca, o EA30 também é capaz de decodificar códigos impresso em qualquer cor, até mesmo vermelho. E também consegue ler códigos bidimensionais marcados por punção, sem a necessidade de um conjunto de lentes específicas.

“O EA30 é utilizado na Série 70 de coletores de dados da Intermec, que traz grandes melhorias de hardware, como processador mais rápido, eficiente e econômico. A Série 70 também é a mais robusta do mercado, com especificação de queda de até 2,7 metros, totalmente selado contra intrusão de poeira e submersível em água. A série é composta de quatro modelos com uma base comum de hardware, sendo que cada um é indicado para aplicações e verticais diferentes”, explica Donadio, da Codeprint.

Já na Cognex, um dos destaques é o DataMan 300, leitor fixo de alto desempenho, com iluminação integrada e comunicação Ethernet, que é capaz de realizar até 60 leituras por segundo. A empresa também lançou o DataMan 8500, um leitor portátil avançado, com sistema de iluminação patenteado capaz de criar as condições de leitura para diversos tipos de codificações.

Para o gerente de vendas da Cognex, as aplicações industriais no Brasil estão migrando de maneira bastante significativa para a simbologia 2D (datamatrix e códigos QR). Isso devido às características superiores de armazenamento de dados e de robustez.

“As aplicações de codificação feitas diretamente sobre a superfície das peças trazem muitas vantagens ao processo produtivo e a posterior rastreabilidade, pois, além de evitar o uso de consumíveis na codificação propriamente dita, conferem maior vida útil à codificação em si, pois uma marcação feita por micropuncionamento ou através do uso de impressoras a laser diretamente na peça tem maiores chances de serem lidas no decorrer do tempo”, diz Mancinelli.

Dentro da Honeywell, os lançamentos acontecem, em média, a cada dois meses. Para o mercado nacional, entre os últimos lançamentos, está o Captuvo. Trazendo em seu corpo um leitor de código de barras e, opcionalmente, um leitor de cartões magnéticos criptografado, o produto é basicamente uma jaqueta que transforma o iPod Touch da Apple em um coletor de dados.

Para o sistema operacional da linha Android, a empresa também lançou recentemente uma versão do seu conhecido terminal Dolphin 7800.

“Em termos de leitores, permanecemos com muitos investimentos e diversos lançamentos. Podemos destacar o Xenon Color, que é um leitor capaz de ler códigos de barras coloridos (inclusive os códigos HCCB – High Capacity Color Barcode, desenvolvidos pela Microsoft), até em telas de celulares”, explica Pedrão.

Já no mercado internacional, a empresa apresentou, nos Estados Unidos, o Dolphin Black. Pertencente a uma nova classe de produtos denominado Enterprise Hybrid Device (EHD), o Dolphin Black, que ainda não tem data para chegar ao Brasil devido às certificações locais necessárias, traz os recursos de um smartphone em um produto mais robusto e resistente a quedas e a intempéries dos ambientes externos, além de um leitor de código de barras.

“Ninguém mais consegue ter seus funcionários de campo sem comunicação. Mais do que falar, são necessárias todas as funcionalidades de um smartphone. Contudo, o quê fazer quanto à robustez e a vida útil das baterias? Os smartphones foram desenvolvidos para o uso pessoal e não corporativo. Vendo esta lacuna no mercado, desenvolvemos o Dolphin Black” diz Pedrão, que completa: “no Brasil, ainda vemos grande espaço para crescimento. Há ainda muito a ser feito. A grande complexidade está no fato de que o mercado necessita ser atendido por empresas especializadas. Estamos empenhados em replicar nosso modelo de atendimento por canais especializados, geralmente encontrados nos grandes centros, também para outras regiões do país, onde haja instalações de diversas empresas que, em muitos casos, sequer conhecem os benefícios que podem ser atingidos pelo uso correto destes produtos”, conclui ele.


Por: Priscilla Cardoso
 

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal