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Conteúdo 12 de março de 2009

Lucro da ALL cresce 148%

Confiança inabalável no futuro. Principalmente no futuro do transporte de produtos manufaturados, muito importante quando as commodities estão em baixa. Entusiasmado como sempre, o presidente da ALL, Bernardo Hees, apresentou à Imprensa, hoje, dia 11 de março, em São Paulo, os resultados do seu grupo de ferrovias,  que compreende a ALL, Ferroban, Ferronorte, Novoeste e, na Argentina, as antigas Mesopotâmico e BAP (“a maior operadora logística com base ferroviária da América Latina, dizia o release”). O lucro líquido consolidado em janeiro-dezembro de 2008 chegou a R$ 177 milhões, 148% a mais do que em 2007, dessa vez desconsiderando ganhos extraordinários presentes em balanços anteriores, ressaltou Bernardo.  “Foi lucro da operação mesmo”.

Até aí compreende-se, o ano passado foi bom para todo mundo. Mas Bernardo prevê para este ano, no Brasil, um crescimento em volume semelhante ao ano passado, de 10 a 12 %, e um investimento quase igual, de R$ 600 milhões (em 2008 o volume cresceu 12 % e o investimento atingiu R$ 680 milhões). Inclusive com a compra de 600 vagões. Segundo ele, o crescimento se dará não tanto nos grãos, por conta da quebra da safra da soja no Paraná, mas principalmente nos produtos industrializados, que já representam 35% do transporte do grupo, e que deverão chegar a 50% em quatro a cinco anos.

Bernardo chega a dizer que “nossa experiência no setor industrial é que a gente cresce muito mais na crise do que na bonança”.

No ano passado os produtos industrializados já cresceram mais do que as commodities: 14% nos produtos siderúrgicos, 14% no material de construção, 14% nos alimentos (contra 11% nas commodities). Continuarão crescendo no atual estado de coisas? Bernardo tem uma lógica interesssante: ele diz que o transporte ferroviário ganha em competitividade justamente quando as empresas são obrigadas a cortar custos até o último centavo. E que por isso a ALL vai ganhar market share na briga com o caminhão. “O custo da logística vai prevalecer”, diz ele.

Outro motivo de confiança são os projetos de parceria que a ALL está multiplicando com seus clientes. Alguns, como o da Cosan, para açúcar, só começam a operar no ano que vem. Outros, como o da VCP, para  polpa de papel entre Três Lagoas (MS) e o porto de Santos, começam este ano.  No segmento de álcool foi  assinado contrato com a Coopersucar prevendo a construção de 12 novos terminais. No cimento foi firmado contrato de 10 anos com Camargo Corrêa para o transporte a partir de Apiaí (SP).

“Estamos buscando oportunidades comerciais inclusive para reativar linhas de baixa densidade, como é desejo da ANTT – disse Bernardo. Fizemos isso com grande sucesso na linha para o porto de Antonina (PR) e estamos considerando as linhas de Cajati (SP) e Piracibaba (SP). A iniciativa (da ANTT) é muito bem vinda”.

 

Fonte: Revista Ferroviária

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