Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 28 de abril de 2009

Logística é a aposta para o segmento

O segmento de tecnologia da informação (TI) brasileiro, que vinha sentindo fortemente os impactos da crise financeira, decorrente da postergação de projetos por parte dos clientes, encontrou no segmento de sistemas de gerenciamento de processos para logística e exportação um filão para crescer. A New Soft Intelligence (NSI), empresa especializada no desenvolvimento de softwares para este segmento, e que gerencia 15% das empresas de logística e exportação do País, espera repetir o crescimento de faturamento que registrou no ano passado: 25%.

André Barros, gerente-geral da New Soft Intelligence, explica que um dos problemas clássicos apresentados no setor logístico é o acompanhamento dos processos que já estão em andamento, que acabam se perdendo em meio a pilhas de papel e burocracia. "Com um sistema de gerenciamento específico para este setor, podemos fazer o cliente economizar no frete, importar melhor, exportar melhor, transportar da forma mais eficiente, minimizar ao máximo armazenagens portuárias e aeroportuárias, que são muito caras, tudo isso com gerenciamento das informações", explicou o executivo.

Barros conta que, no ano passado, foram fechados importantes contratos -com empresas como a fabricante de laminados de alumínio Novelis, a GE Healthcare, Toshiba Medical, a DHB, fabricante de direção hidráulica, sediada em Porto Alegre, e a Momentive Performance, empresa de partículas cerâmicas e silicone instalada em Itatiba (SP)-, que ajudaram a aumentar em 40% o volume de negócios em relação a 2007. "O software agora passa a ser uma ferramenta fundamental para melhorar os controles e liberar pessoal para focar no negócio principal da companhia. Agora é hora de investir em áreas que melhorem o resultado da empresa" , disse Barros.

Além dos contratos firmados no ano passado, a empresa tem 16 outros negócios em fase avançada de negociações. Em janeiro, firmou parceria com a WTM do Brasil, uma consultoria de comércio exterior sediada em Itajaí (SC), para ampliar a base de prospecção de negócios. Segundo Barros, neste ano, cerca de 8% do faturamento da companhia serão dedicados a pesquisa e desenvolvimento, e 5% ao treinamento de pessoal. "Também daremos continuidade ao projeto de fortalecimento do departamento comercial, inclusive com a ampliação da equipe", explicou.

Luciano Barros, gerente de Logística de Transporte da SAP Brasil, explica que uma plataforma de gerenciamento de informações pode auxiliar na retenção de clientes da transportadora ou da empresa de comércio exterior. "Com a análise das informações e com agilidade nas operações logísticas, o serviço melhora e possibilita uma maior retenção de clientes", disse. No Brasil, a SAP tem cerca de 120 clientes desse segmento.

Varejo

A européia ID Logistics, especializada no fornecimento de ferramentas tecnológicas de apoio a logística, viu o Brasil se tornar seu segundo mais importante mercado e acaba de fechar mais um grande contrato aqui, ao assumir a gestão de Estoque e Distribuição da Casa Show, uma das líderes do varejo de material de construção no Rio de Janeiro.

Em visita ao Brasil, o presidente mundial da companhia, Eric Hémar, estimou um crescimento de aproximadamente 20% da operação no País para este ano, pouco abaixo dos 25% registrados em 2008. "Como nosso foco está no varejo, mesmo que o volume recue, por conta da crise, ele ainda existirá", disse na ocasião.

A ID Logistics tem ainda, entre seus clientes, grandes redes de varejo, como a Leroy Merlin e o Carrefour, com a perspectiva de aumentar o portfólio. Para a rede supermercadista Carrefour, a ID implantou a tecnologia chamada voice picking (comando de voz), em um centro de distribuição da varejista, recurso que possibilitou à varejista uma economia de 242 toneladas papel – antes os pedidos eram impressos. Globalmente, a ID faturou R$ 930 milhões; a operação brasileira respondeu por R$ 77 milhões. A companhia atua na Europa, na América do Sul e na Ásia.

Investimento

Com a intenção de alcançar receita de R$ 100 milhões, a Exata Logística deve investir R$ 5 milhões este ano em infraestrutura, montante do qual uma parte será direcionada à modernização dos sistemas de tecnologia, para otimizar as operações, prova de que esse mercado está em voga. A intenção é fortalecer a base da empresa para conquistar novos clientes.

A Exata vem de uma taxa média de crescimento de 30% ao ano: em 2008 faturou R$ 70 milhões e pretende manter performance ascendente. A companhia integra o Grupo Arex, um dos maiores de transporte e logística do País, que inclui ainda o Expresso Araçatuba e a Golden Cargo.

 

Fonte: DCI

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal