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Conteúdo 14 de julho de 2008

Iochpe Maxion vende 836 vagões de carga para a Vale

A Iochpe Maxion informou ontem que a sua controlada Amsted Maxion fechou negociações para a venda de 836 vagões ferroviários de carga para a mineradora Vale. "O ano passado foi muito fraco, vendemos apenas cerca de 1.200 vagões. Em 2008, as vendas mais que triplicarão. Será um bom ano", afirma o diretor financeiro e de relações com investidores, Oscar Antonio Fontoura Becker.

Além das vendas para a Vale, cuja entrega está programada para o período de setembro a dezembro de 2008, a Amsted Maxion vendeu outros 80 vagões para Comilog, uma filial do grupo de mineração francês Eramet, em Gabão. Já estes têm entregas previstas para o período de setembro a novembro deste ano. As vendas representarão para a empresa uma receita bruta de cerca de R$ 654 milhões.

A Iochpe, maior fabricante brasileira de rodas e chassis para veículos comerciais, vagões de carga e fundidos ferroviários, está operando atualmente, de acordo com seu diretor financeiro, com a metade de sua capacidade máxima. Segundo ele, as vendas em 2005, por exemplo, chegaram a 6500 unidades. Para os próximos anos, o executivo acredita que as vendas fiquem entre quatro a cinco mil locomotivas. "Espero que os próximos anos sejam mais estáveis, mas dependemos por exemplo da construção de ferrovias, que é um processo lento", afirma Becker. Entretanto, ele não acredita que ocorra mais nenhum pico de vendas.

No primeiro trimestre de 2008, a Iochpe Maxion apresentou um lucro líquido de R$ 34,7 milhões, o que representou um aumento de 203,7% em relação ao mesmo período no ano anterior. De acordo com a empresa, os resultados do trimestre foram impactados favoravelmente pelo forte crescimento da produção brasileira de veículos e máquinas agrícolas e pelo aumento da demanda doméstica por vagões ferroviários. Entretanto, a valorização da moeda brasileira, segundo a companhia, afetou negativamente a rentabilidade das exportações.

Locomotivas

As vendas da Iochpe Maxion mostram um ciclo de aquecimento do mercado ferroviário, que deverá crescer em 2008 aproximadamente 10%, de acordo com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). No mês passado foi anunciada a criação de mais uma indústria de locomotivas. A Sofersa nasceu após negociação do Grupo Sotreq, do Rio de Janeiro, e os empresários Carlos Braconi e João Gemma, proprietários da Engenharia e Investimentos Ferroviários (EIF) e está com sua fábrica instalada em Campinas.

A movimentação do setor também foi demonstrada com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final de maio, para o anúncio da expansão da capacidade produtiva da fábrica da Gevisa em Contagem (MG), que permitirá que o Brasil passe de importador a exportador de locomotivas de grande porte, para atender à crescente demanda destes modelos e suprir o transporte de minério de ferro. A fábrica passará a ter uma capacidade instalada para produzir ou revisar até 150 locomotivas por ano, sendo que mais de 60% deste volume será destinado ao mercado brasileiro e o restante, exportado.

A frota brasileira de locomotivas hoje, é, segundo a ANTF, estimada em 2.700 unidades.

Investimentos

Um dos fatores determinantes para o aumento da produtividade é o volume de investimentos realizados pelas companhias. Entre 1997 e 2007, as empresas concessionárias aplicaram um total de R$ 14,4 bilhões na aquisição e recuperação de material rodante, em melhorias na via permanente, na introdução de novas tecnologias, na capacitação de pessoal e também em campanhas educativas de segurança. Também no ano passado o setor ferroviário, impulsionado pelo incremento de aportes dirigidos à produção de minério de ferro e a maior competitividade do Brasil no segmento agrícola, recebeu mais de R$ 3,5 bilhões de investimentos.

A Amsted Maxion, do grupo Iochpe, fechou negociações para a venda de 836 vagões ferroviários de carga para a mineradora Vale. Empresa espera triplicar vendas em 2008.

 

Fonte: ANTF
 

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