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Conteúdo 6 de abril de 2009

Indústria se volta para o deficiente

As vendas de veículos destinados a portadores de deficiência física e as de cadeiras de rodas com tecnologias integradas vêm crescendo, anualmente, entre 20% e 22% e já movimentam cerca de R$ 1,5 bilhão/ano. Desse total, R$ 800 milhões são negócios com automóveis – só no ano passado foram comercializadas 22,5 mil unidades – e adaptações veiculares. O segmento de cadeiras de rodas chega a R$ 200 milhões.

As novidades em produtos destinados a este público estão sendo apresentadas na Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que acontece até domingo no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

O evento, segundo um dos diretores da feira, Rodrigo Rosso, tem influência em mais de 40% dos negócios gerados nesse mercado.

Veículos – Volkswagen, Honda, Peugeot, Ford e Fiat participam do evento. A Peugeot apresenta uma versão exclusiva do 307 Sedan, com câmbio automático Tiptronic e motorização 2.0 Flex, produzida para atender especificamente o público com mobilidade reduzida. A Fiat, além das isenções de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) garantidas por lei, está oferecendo a esses consumidores mais 5% de desconto e um segundo ano de garantia do veículo.

Classe social – O número de deficientes no Brasil já atinge 26,5 milhões e, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 500 pessoas tornam-se, diariamente, portadoras de algum tipo de deficiência no País. E, ao contrário da ideia que se tem, a maioria dessa população não está entre as classes menos favorecidas financeiramente.

"Cerca de 42% dos deficientes no Brasil estão nas classes A e B, 44% na classe C e apenas 14% na D", explica Rodrigo Rosso. Segundo ele, esse dado explica o fato de os setores de veículos e de cadeiras de rodas serem os de maior crescimento em produtos voltados para portadores de deficiência.

O executivo informa também que a concentração maior nas classes A e B deve-se ao fato de os três maiores motivos para o surgimento de novos deficientes serem violência urbana, trânsito e esportes radicais. Outro público que deve ser mais bem trabalhado no futuro é o de turismo que, juntamente com idosos, é apontado como um dos maiores mercados segmentados desse setor.

"No Brasil, a maior dificuldade é a falta de acessibilidade para o público portador de deficiência, que não dispõe, por exemplo, de nenhum ônibus rodoviário adaptado. Mas, nos últimos dez anos, a melhora foi grande e deve avançar ainda mais", garante Rosso.

Serviço

A feira de tecnologias em acessibilidade (Reatech) tem acesso gratuito hoje das 13h às 21h e, no fim de semana, das 10h às 19h. Há transporte direto da estação Jabaquara do Metrô até o Centro Imigrantes.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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