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Conteúdo 12 de janeiro de 2013

Índice que mede o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas cai 0,8%

O Índice ABCR de Atividade referente a dezembro de 2012 recuou 0,8%, em comparação com o mês anterior, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.

“O resultado geral do Índice ABCR de dezembro sinaliza uma fraca recuperação e aponta para um possível número ruim da indústria no último mês de 2012”, afirma Rafael Bacciotti, economista da Tendências. Os dados já divulgados da Anfavea mostraram alta de 0,7% na produção de veículos em dezembro contra novembro do ano passado, em dado dessazonalizados pela Tendências. “Mesmo positivo, o número veio muito abaixo do esperado”, diz Bacciotti.

O fluxo de veículos leves caiu 0,2%, em relação a novembro, em termos dessazonalizados. Segundo Bacciotti, apesar desta queda, a tendência continua a ser positiva. “O resultado dos leves está ancorado no crescimento do emprego e da renda, mesmo em uma economia andando de lado, com a produção industrial em queda”, afirma. O economista explica que as empresas optam por segurar um pouco mais a mão de obra, esperando uma recuperação da atividade. Com o desemprego historicamente baixo, o trabalhador tem poder para ajustar e negociar salário, aumentando sua renda. Consequentemente, a massa salarial cresce de forma expressiva. Na visão do economista, outro ponto importante que sustenta esse movimento é o bom desempenho dos setores de serviço e da construção civil, que crescem acima do PIB e têm uso intensivo de mão de obra.

Já a movimentação de pesados recuou 3,6% nessa mesma base de comparação. “Os números da indústria oscilam mês a mês, o que evidencia uma recuperação lenta, centrada na produção de bens duráveis”, comenta Bacciotti. Para ele, esse comportamento está atrelado aos estímulos ao consumo promovidos pelo governo, como a redução do IPI. Outros fatores que constituem um ambiente de risco para a atividade são as incertezas que envolvem o setor elétrico, como a renovação dos contratos de concessão, falta de chuva e a necessidade do uso de energia térmica. “A redução do IPI provoca uma onda de antecipação do consumo, mas, depois, vem um período de menor ímpeto ou ressaca. Isso pode explicar a oscilação dos números e pode sinalizar um quadro mais complicado para 2013”.

Em relação ao mesmo período de 2011, o índice total apresentou elevação de 3,2%. O fluxo de veículos leves cresceu 5,2%, enquanto o fluxo de pesados recuou 3,1%.

Nos últimos doze meses, o fluxo total teve expansão de 4,6%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 5,5% e o de pesados, 2,2%. No ano contra ano, observa-se um comportamento dos leves superior ao de pesados. “Fica clara a dinâmica dos leves, crescendo bem acima do total; já os pesados apresentaram uma menor contribuição na definição do resultado”, ressalta Baccioti. “A produção industrial está muito fraca, mas as importações cresceram ao longo do ano e o setor de agropecuária mostrou alguma recuperação no segundo e terceiro trimestres, quando olhamos a abertura do PIB de agropecuária, o que justifica o aumento do tráfego nas estradas embora não tão expressivo”, completa.


 

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