Humor externo melhorou e puxou alta na Bovespa

A melhora de sentimento externo se refletiu nos mercados brasileiros na quinta-feira (12/6). A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou ao território positivo depois de quatro dias de perdas, o dólar manteve a trajetória de queda ante o real e os juros futuros caíram, seguindo a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

A Bovespa voltou a enfrentar problemas técnicos no fechamento dos negócios, o que resultou no cancelamento do after market e call fechamento depois das 18h30. Resolvido os problemas e feito novo call, o índice encerrou apontando 67.319 pontos, alta de 0,79%.

O destaque da sessão ficou com as ações PN da AmBev, que subiram cerca de 8%, depois que a controladora InBev anunciou uma oferta de compra de US$ 46 bilhões pela norte-americana Anheuser-Busch, dona da cerveja Budweiser.

Em Wall Street, o dia também foi positivo, com o Dow Jones subindo 0,48% e a bolsa eletrônica Nasdaq ganhando 0,43%. Os índices chegaram a subir mais de 1%, mas perderam força depois que o petróleo mudou de direção e o Yahoo anunciou que não chegou a acordo algum com a Microsoft quanto à compra ou parcerias.

O mercado de dólar teve mais um pregão instável, mas a atuação do Banco Central (BC), que comprou dólares no mercado à vista, determinou o rumo da taxa de câmbio. Depois de testar R$ 1,650 na máxima do dia, o dólar fechou com baixa de 0,36%, a R$ 1,633 na compra e R$ 1,635 na venda.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), a moeda recuou 0,37%, para R$ 1,634. O volume financeiro foi de US$ 496,5 milhões. O giro interbancário seguiu elevado, acima de US$ 2,9 bilhões. Um dia antes, o giro passou de US$ 4 bilhões.

Depois de uma semana seguida de acentuada alta, os contratos de juros futuros apontaram para baixo na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F). A impressão é de que os agente receberam bem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a autoridade monetária afirma que seguirá ajustando os juros o quanto for necessário.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F), o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2009 diminuiu 0,08 ponto percentual, a 13,20% anuais. Janeiro de 2010, o mais negociado, acabou com baixa de 0,03 ponto, a 14,79% ao ano. Depois de cair a 14,77%, o vencimento janeiro 2011 avançou 0,03 ponto, para 14,89%, e janeiro 2012 ganhou 0,03 ponto, para 14,69%, depois subir a 14,89%.

Na ponta curta, julho de 2008 subiu 0,01 ponto, para 12,09% anuais. Agosto de 2008 e setembro de 2008 encerraram estáveis a 12,18% e 12,38%, respectivamente. Outubro de 2008 caiu 0,03 ponto, para 12,59%.

Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 759.840 contratos, equivalentes a R$ 63,85 bilhões (US$ 38,87 bilhões), montante 37% menor que o registrado ontem. O vencimento de janeiro de 2010 foi o mais negociado, com 402.830 contratos, equivalentes a R$ 32,49 bilhões (US$ 19,77 bilhões).