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Conteúdo 8 de julho de 2008

Falta de dragas no Canal do Estuário ameaça obra no Porto de Santos

O Porto de Santos deverá enfrentar dificuldades para realizar a dragagem de aprofundamento do Canal do Estuário. Segundo empresários que prestam este tipo de serviço, faltam dragas no País ­- e até no exterior ­- para a retirada dos sedimentos do fundo dos canais de navegação.

O plano da Codesp é retirar 12 milhões de metros cúbicos localizados no fundo do canal de navegação do porto. Com a obra, a profundidade da via passará de 13 metros, em média, para 15 metros. Também haverá o alargamento da calha de navegação, saindo de 150 metros para 220 metros.

A falta de dragas disponíveis para o serviço deve ser um dos pontos mais problemáticos quando a dragagem de aprofundamento do cais santista estiver em execução. A opinião é do diretor-presidente da Bandeirantes Dragagem, uma das empresas que atuam na dragagem de manutenção do Porto de Santos, Ricardo Sudaiha.

"No mercado, hoje, há dificuldades para obtenção de dragas. Isso é notório. Por isso, em determinados períodos, pode ocorrer falta de equipamentos e,como consequência, a quantidade de material dragado ser menor", avisou Sudaiha sobre o problema enfrentado por esse segmento da navegação.

Para Sudaiha, a preocupação é que, para ganhar tempo, a dragagem seja acelerada nos períodos em que houver mais dragas disponíveis. O empresário protocolou sua dúvida no Ibama, durante a fase de manifestação da população sobre o projeto, e aguarda a resposta. "Quero apenas saber se nos períodos em que houver mais equipamentos haverá controle sobre o volume descartado", indagou o empresário.

Um dos motivos para a falta de equipamentos no mercado mundial, segundo o empresário, é a utilização de 80% de todos os equipamentos disponíveis nos Emirados Árabes, onde a dragagem foi a forma encontrada para a construção de ilhas artificiais.

Prioridade

O projeto de aprofundamento do canal é prioritário para a Codesp. A estatal entende que de nada bastará ter os gargalos de acessos terrestres resolvidos se a capacidade de atendimento a navios de grande porte for limitada.

Quando concluídas, as intervenções possibilitarão o acesso de navios pós-panamax ­ os maiores em operação. Essas embarcações compõem 30% da frota mundial ­ com até 9 mil teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Hoje, o maior conteineiro que vem a Santos pode levar até 5.500 teus.

Fonte: Revista Portuária

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