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Conteúdo 8 de março de 2010

Estrada de Ferro Carajás completa 25 anos de operação

O analista de operação ferroviária da Vale, José Magno Martins Pereira, 45 anos, conhece bem a evolução da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que no último domingo completou 25 anos de operação. Ele entrou na empresa em 1982 e tinha apenas 18 anos quando foi trabalhar na construção da ferrovia, fazendo manobras no trem que levava material para as equipes que atuavam na frente de obras. Nesta época, José Magno exercia a função de guarda freios, um posto iniciante na carreira que era sucedida por auxiliar de maquinista e, por último, maquinista de viagem.

"Fiz parte da primeira turma de maquinistas da EFC que se formou em 1984. Não tinha noção do que era uma locomotiva até aprender tudo sobre mecânica e sistema de freios", revela José Magno, que durante 11 anos como maquinista de viagem fez o trajeto de ida e volta entre São Luís e Carajás transportando minério de ferro. Naquela época, o maior trem do mundo – composto de 330 vagões, 4 locomotivas e extensão de 3,3 km – era apenas um sonho, que se tornaria realidade apenas em 2008.

"Comecei numa época em que conduzíamos um trem com apenas 40 vagões. Nossas locomotivas não tinham ar condicionado, banheiro, e a potência era bem inferior às de hoje e não tínhamos computador de bordo", conta José Magno.

Em 1984, quando o profissional se formou maquinista, o engenheiro ferroviário Diego Freitas não tinha nascido ainda. No início deste ano ele, que nasceu em 1986, foi contratado pela Vale depois de participar do Programa de Especialização Profissional da empresa, no qual se pós-graduou em engenharia ferroviária. Hoje integra a equipe da Gerência de Manutenção da EFC, na área de supervisão de locomotivas.

"Esse evolução da EFC é fruto da ousadia de uma empresa que não tem medo de inovar. Sinto orgulho em trabalhar numa das mais importantes ferrovias do Brasil e poder colocar na prática tudo o que aprendi no curso de pós-graduação", diz o engenheiro.

A EFC começou a ser construída em 1982 para transportar minério de ferro e manganês da mina de Carajás, no Pará, até o Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, que também pertence a Vale. O trem de minério começou a operar em 1985 e o de passageiros, em 1986.

Para aumentar a capacidade da EFC, trafega pela ferrovia o maior trem do mundo, com 330 vagões e 3,3 km de extensão. O sistema chamado Locotrol, que permite o transporte de mais vagões em um mesmo trem, controla a tração (força) e a frenagem de trens de forma sincronizada e independente. Até cinco locomotivas podem ser distribuídas ao longo de uma mesma composição. Entre as vantagens do locotrol estão a economia de combustível e a diminuição da distância de frenagem. Hoje, a frota da EFC é composta por mais de 12 mil vagões e 200 locomotivas.

Em 1985, os trens da EFC transportavam até 160 vagões. Três anos depois, a Ferrovia já operava trens com 180 vagões. Em 1994, o maior trem possuía 202 vagões. Em 2007, as melhorias realizadas ao longo dos anos permitiram que a Ferrovia alterasse seu modelo operacional, passando a operar o maior trem do mundo.

Tecnologia

Em 2010, serão instalados ao longo da malha da EFC aparelhos de mudança de via de coração móvel (AMVs), que permitem aos trens cruzarem de uma via para outra sem restrição de velocidade. Além de proporcionarem melhor desempenho à Ferrovia, os AMVs contribuem para a economia de combustível, evitando as paradas das composições.

A Vale também desenvolveu um simulador de testes eletrônicos para locomotivas que permite detectar falhas de controle nos computadores de comando de trens de carga da EFC. Criado pela equipe de engenharia eletrônica da própria ferrovia, a nova tecnologia evita paradas desnecessárias e possibilita a manutenção dos equipamentos na própria empresa, garantindo maior confiabilidade, segurança e redução de custos das operações.

A segurança nas operações da ferrovia é garantida pelo Centro de Controle de Operações, que tem como principal função o controle da circulação de trens e a eficiência de produção. O CCO é equipado com um painel sinóptico de cristal líquido, servidores e estações de trabalho de alta confiabilidade e de um subsistema de comunicação de dados que permite controlar a malha ferroviária.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale
Foto: Primeiro trem de minério EFC

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