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Conteúdo 26 de janeiro de 2010

Envio de ajuda envolve complexa logística

Catástrofes anteriores à do Haiti, como o tsunami no Oceano Índico em 2004, mostram que a maioria dos mantimentos recolhidos nunca sai do Brasil. A principal razão é o alto custo da complexa logística que pode envolver aviões e navios.

Informalmente, as agências humanitárias estimam o valor do frete de um avião de carga com capacidade para 40 toneladas num vôo internacional em aproximadamente US$ 200 mil, considerando o “desconto humanitário”.

“Não aceitamos doações que não sejam em dinheiro”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo a coordenadora dos MSF – Médicos Sem Fronteira no Brasil, Simone Rocha. “Manejamos cargas compradas, estocadas, customizadas e identificadas dentro dos nossos padrões. É um trabalho que exige conhecimento, rapidez e uniformidade do material.”

Além do custo, outra dificuldade é a inadequação das doações. No último conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza, em dezembro de 2008, um grupo de brasileiros incluiu entre os alimentos arrecadados uma carga de presunto defumado para a população palestina que, por razões religiosas, não consome carne suína.

Diferenças de cultura, clima, hábitos alimentares e, principalmente, a impossibilidade de processar alimentos crus tornam difícil organizar uma ajuda em massa não especializada.

Apesar da cautela das organizações humanitárias, a ONG Viva Rio está arrecadando ajuda material que deverá ser enviada para o Haiti até o dia 28. A carga sairia do Rio para Santos e, de lá, para a República Dominicana, onde entraria de caminhão no Haiti. A operação será financiada em parte com os R$ 300 mil que foram arrecadados até agora em dinheiro para ajudar os haitianos.

No Portal Logweb, há várias notícias postadas sobre empresas que estão realizando entregas de mantimentos no Haiti, com logística apropriada. É importante lembrar que a melhor forma de ajudar o país é fazendo doações em dinheiro, já que muitas vezes o que sobre em uma casa brasileira não corresponde às necessidades no Haiti.

Fonte: O Estado de S. Paulo
Foto: Stock.xchng

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