Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 19 de julho de 2010

Empreendedorismo: empresa ensina cuidados para que o sonho não se torne pesadelo

Ter o próprio negócio é o sonho de todo empreendedor. Entretanto, ser empreendedor também significa não se apegar ao negócio que criou ou comprou, e sim saber se não é hora de colocá-lo a venda.

Nem sempre essa é uma decisão fácil. Os motivos que levam a vender o próprio negócio são muitos. Dificuldade financeira, desgosto, cansaço ou até mesmo uma nova ideia de investimento. Independente da razão, se a decisão é pela venda é importante tomar uma série de cuidados para não perder tempo nem dinheiro.

O primeiro passo a ser dado é saber o real valor do seu negócio. Geralmente, essa é uma avaliação feita por especialistas onde são verificados dados como valor da marca, potencial de valorização nos próximos dois ou três anos, clientela fixa e esporádica, retorno financeiro, dependência do negócio em relação ao fundador-proprietário. E para finalizar é importante que seja feita uma comparação referente ao retorno financeiro com relação a outros investimentos no mercado.

De acordo com Marcio Nobre, consultor e sócio da Nobre Empresarial, toda essa avaliação é importante para que se chegue ao valor real do seu negócio. “Contudo, não necessariamente será esse o mesmo valor venal, afinal, o comprador espera adquirir o negócio com valor mais atrativo, ou seja, menor. Para atrair os potenciais investidores, a orientação é, através da avaliação do seu negócio, apresentar um valor um pouco abaixo. Essa redução pode ser, aproximadamente, de 10 a 20%”, afirma.

O consultor explica que o melhor momento para colocar um negócio à venda é quando ele está em alta, dando bons resultados. “É nesse momento que o mercado o valorizará. Quando o negócio está indo mal, não tente vendê-lo. Busque saber o que está acontecendo, onde estão as falhas, os erros, e procure corrigi-los”, diz o consultor. Nobre fala também sobre as consequências desastrosas que essa atitude pode trazer se não for observada e respeitada. “Vender o negócio em seu pior momento só piorará a situação, pois o dono já está desanimado, o mercado irá avaliá-lo com valores abaixo do esperado e o esse desespero pode vir a ocasionar um prejuízo inesquecível e, inclusive, desencorajar o empreendedor de iniciar um novo negócio”, alerta o consultor empresarial.

Para um bom andamento do negócio é imprescindível manter a contabilidade e o financeiro em dia. Além da contabilidade, é importante que o administrador tenha o fluxo de caixa atualizado e registrado diariamente.

Após ser feita avaliação do negócio e estipulado o valor que se pretende ofertar, procure um corretor de negócios (agente especializado em intermediar empresas) de sua confiança. Esse profissional conta com uma lista de clientes investidores à procura de negócios. É importante frisar que esse é um processo que necessita discrição, inclusive no que tange aos funcionários, pois pode gerar uma reação negativa e gerar problemas tanto para o atual como para o futuro comprador. O corretor de negócios é quem irá fazer toda a intermediação evitando encontro das partes. Certifique-se quem é esse profissional através de referências para não se deparar com golpistas e possíveis especuladores que se fingem de investidores para saber da vida financeira dos empresários.

De extrema importância, pra não dizer fundamental, é a presença e acompanhamento de um advogado para que este possa elaborar e/ou analisar os contratos e orientar as partes sobre as obrigações legais envolvidas na transação. O advogado além de analisar e orientar, irá também verificar, junto ao contador, se a empresa possui dívidas de qualquer natureza, inclusive fiscais e trabalhistas, e orientar as partes sobre suas responsabilidades.

No caso de dívidas é comum que o atual proprietário conceda descontos para o pagamento das mesmas. Há casos em que a dívida ainda está sendo discutida pela justiça, o que levará a uma situação contratual específica de responsabilidades, onde o vendedor do seu negócio assume a responsabilidade pela dívida no futuro se, eventualmente, perder a questão judicial. Ainda assim, vale lembrar que tal cláusula não vale perante terceiros. Ou seja, o credor desta dívida irá cobrar do atual proprietário. Portanto, é sempre importante a presença de um advogado para resolver tais questões que são inerentes aos negócios.

É comum a venda apenas do chamado fundo de comércio, onde o comprador só adquire a parte boa, ou seja, a empresa. O CNPJ não é transferido e o novo proprietário abre uma nova empresa para começar a trabalhar. Essa é uma conduta perigosa tanto para quem vende como para quem compra. O Fisco não aceita tal prática e eventuais dívidas são cobradas da nova empresa aberta, pois configura sucessão e, como tal, o Código Tributário Nacional permite que seja cobrado tanto da anterior como da nova.

Assim, uma venda de um negócio, se bem assessorada por profissionais e seguindo regras básicas pode trazer bons lucros e evitar dores de cabeça desnecessárias.

Texto: Assessoria de Imprensa da Nobre Empresarial
Foto: Stock.xchng

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal