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Conteúdo 16 de agosto de 2010

É preciso “Embalar o Brasil” para exportação

“O Brasil precisa comercializar seus produtos embalados e vender menos commodities”. Com essa afirmação, José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Vitopel, terceira maior produtora mundial de filmes flexíveis, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e diretor da Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp), defende que o País comece a agregar cada vez mais valor aos seus produtos e suas marcas, para ganhar espaço e referência nos mercados externos.

Para Coelho, a indústria do plástico, que participa largamente do segmento de embalagens, tem se estruturado cada vez mais para inovar nesse setor. Desenvolve materiais que proporcionam maior durabilidade do produto embalado, gerando economia; apresenta versatilidade em modelos e opções de embalagens, para maior destaque de cada produto na prateleira; além de proporcionar o menor impacto ambiental – produtos 100% recicláveis e que geram menor quantidade de resíduo pós-consumo. “Reunimos características únicas para alcançar esse desafio, pois além de sermos um dos maiores players do agronegócio no mundo, temos reservas gigantes como as do pré-sal, que nos asseguram suprimento de matéria- prima competitiva para o desenvolvimento das embalagens”, diz Coelho.

Porém, o executivo alerta para entraves sérios da indústria brasileira, que precisam ser resolvidos para que o Brasil realmente cresça de maneira sustentável. Entre as urgências, destaca o custo de capital, elevada carga tributária, alto custo da energia e questões de infraestrutura a serem sanadas. “A indústria ainda é o principal motor da expansão econômica, mas a ausência de condições estruturais e sistêmicas favoráveis à realização de investimentos em capacidade produtiva, pesquisa e desenvolvimento, etc., fez sua participação no PIB se reduzir a menos da metade de 1985 para 2009, respectivamente de, 35,9% para 15,5%”, lembra Coelho.

O Brasil está sob os holofotes do mundo, já que sua economia rapidamente voltou ao eixo, após a crise mundial de 2009, e o mercado interno está aquecido. Dessa forma, tem sido destino das mercadorias externas, nem sempre de boa qualidade, mas que geram impacto na economia: forte drenagem de divisas, eliminação de empregos, além da desindustrialização. “Para competir com essa concorrência e mesmo para abrir oportunidades em mercados externos, a indústria brasileira precisa de condições de se direcionar para oferecer produtos de alto valor agregado a custo competitivo, o que só será possível a partir de investimentos na qualidade dos produtos, em tecnologia, inovação, além de sistemas de gestão, suprimento e logística adequados”, conclui o profissional.

Texto: Yellow Comunicação
Foto: Stock.xchng

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