Crescimento do PIB reflete opção por impulso à infra-estrutura

O desempenho da economia no segundo trimestre de 2008, divulgado pelo IBGE ontem (11), mostra claramente os efeitos positivos da opção pelo desenvolvimento da infra-estrutura. O aumento da aplicação dos governos, das estatais e da iniciativa privada em setores de infra-estrutura está refletido na expansão da atividade do setor de construção civil, nos indicadores de formação bruta de capital fixo (FBCF) e no ritmo de produção de máquinas e equipamentos pesados.

O resultado do PIB no segundo trimestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007 mostra uma expansão de 9,9% na atividade do setor de construção civil, impulsionada pelo crescimento do investimento em habitação e em obras de infra-estrutura. "A expansão da economia, quando suportada pelo aumento dos investimentos, gera reflexos positivos que se estendem por longo prazo, sem efeito inflacionário", explica Paulo Godoy, presidente da Abdib. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o setor de construção civil cresceu 7,6% – desempenho pouco acima em comparação com o mesmo período do ano passado (aumento de 7,0%).

O indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF), que evidencia o nível de investimento na economia, cresceu 16,2% no segundo trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2007 e 9,0% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. "O aumento dos investimentos é fundamental para que o ritmo de expansão da oferta aumente, pois a velocidade da expansão da demanda é alta", analisa Godoy.

Outros reflexos do crescimento dos investimentos, constatado pelos números do PIB no segundo trimestre do ano, estão no desempenho do setor de máquinas e equipamentos pesados – os bens de capital sob encomenda. Em julho de 2008, a produção acumulada destes itens nos últimos 12 meses cresceu 10,6%. A produção mensal em julho cresceu 17,3% ao mesmo mês no ano passado – um resultado bastante superior ao crescimento médio da produção da indústria em geral. Desde dezembro de 2007, a produção de bens de capital sob encomenda mostra crescimento mensal de dois dígitos.

Fonte: Revista Portuária