Contratações em Pernambuco passam por ótimo momento, com alta de 4,4%

A indústria no Brasil vive um mau momento, na produção e emprego, mas em Pernambuco as contratações vão de vento em popa. Recente pesquisa do emprego industrial mostrou que no País o emprego recuou 0,3% em abril, mas em Pernambuco, houve alta de 4,4%, a maior entre os Estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção industrial no Estado não vai bem: caiu 1,8% em abril, acima da média nacional (-0,3%). O que então explicaria o mercado de trabalho movimentado?

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), a chegada de novas empresas e a recuperação da seca prolongada pela qual Pernambuco passou no ano passado ajudam nas contratações.  Segundo o relatório de indicadores industriais da Fiepe, o emprego na indústria de transformação subiu 24,5% entre janeiro e abril quando comparado aos quatro primeiros meses de 2013. No caso do segmento de alimentos e bebidas, a alta foi de 37,9%.

“Alimentos e bebidas têm um peso muito grande na indústria local, em especial por causa do setor sucroalcooleiro. No ano passado ainda havia impacto da seca sobre a indústria”, comenta a analista da Fiepe, Mariana Haack. Segundo o IBGE, a alta do emprego industrial de Pernambuco em abril se deve sobretudo ao setor de alimentos e bebidas (9,6%).

Além da recuperação das plantações, tem movimentado o emprego a chegada de novas indústrias. A Fiat deve inaugurar uma nova fábrica entre o fim de 2014 e o início de 2015. “Com a chegada dela, houve suporte para mais 60 empresas, como autopeças”, diz Mariana. Além da Fiat, a Hemobrás está construindo uma nova fábrica, que deve começar a funcionar ainda em 2014.

O terceiro fator que pesa também é a intensa atividade dos estaleiros da região. Em 2012, foi inaugurado o Promar e no ano passado, mais dois estaleiros do porto de Suape, o Construcap e o Galíctio. Na pesquisa da Fiepe, houve queda do emprego se comparado ao mês anterior, o que segundo a Federação pode ser encarado como algo sazonal.

Fonte: Estadão