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Conteúdo 6 de junho de 2011

Competências logísticas essenciais nas empresas na região do ABCD

A Mega Inovação, especializada em diversas áreas de gestão, elaborou uma pesquisa com o objetivo de identificar as competências logísticas essenciais nas empresas na região do ABCD, no Estado de São Paulo. Foram utilizadas empresas do setor de logística das áreas industrial, transporte, varejo e logísticas.

Segundo o estudo, algumas empresas, ao obterem um bom faturamento para manter sua receita, não se preocupam em buscar as melhores práticas para sua manutenção e crescimento. Possuir conhecimento e habilidade, processos bem definidos, tecnologia e boa gestão de pessoas é importante para garantir o bom desenvolvimento das atividades diárias. Este formato não é mais um diferencial, mas sim uma necessidade, já que o aumento da escassez de talentos e a dificuldade de conseguir pessoal qualificado para substituir os que se retiram do mercado vem aumentando.

Pelo relatório, a perda do potencial da produtividade e do capital intelectual poderia provocar um impacto devastador em muitas empresas que atualmente não estão preparadas para se adaptar à nova realidade da força de trabalho.

De acordo com a pesquisa, a partir da integração de todas as atividades da logística diretamente relacionada com o plano estratégico da organização, a mesma possibilita atingir e sustentar eficazmente a vantagem competitiva de uma organização. O planejamento estratégico força os gestores na conciliação das tarefas aparentemente contraditórias: o planejamento de longo prazo do negócio com a responsabilidade de curto prazo com os clientes.

O estudo avalia que a logística vem se tornando cada vez mais inovadora tecnologicamente e se preocupando em obter melhor visão estratégica e competitiva, para atender as expectativas de clientes em um ambiente de rápidas transformações, com produtos que possuem ciclos de vida cada vez menores e maior complexidade quanto ao tempo de entrega em seu canal de distribuição. No panorama atual de competitividade, as empresas estão buscando cada vez mais otimizar o fluxo de produtos e informações, para melhorar a eficiência de suas operações e reduzir os custos de estoques com o objetivo de manter os padrões de serviço ao cliente. A competitividade não ocorre mais entre empresas, mas sim, entre cadeias de abastecimento, de forma que as entidades que as compõem deverão estar alinhadas no atendimento às necessidades dos clientes. O gerenciamento da cadeia de abastecimento (SCM – Supply Chain Management) está diretamente relacionado com a confiabilidade do fluxo de informações entre fornecedores e clientes.

A pesquisa divide as competências logísticas, de acordo com Ballou (1999), em atividades primárias e de apoio. As primeiras são aquelas de importância primária para o alcance dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço. São elas: transportes, manutenção de estoques, e processamento de pedido. Já as atividades de apoio são: armazenagem; manuseio de materiais; embalagem de proteção; obtenção; programação de produtos; e manutenção de informação.

Conclusão

De acordo com a pesquisa, a área de logística foi um dos setores que mais evoluiu com as mudanças mercadológicas, exigindo cada vez mais dos seus gestores aumento da eficiência. Os responsáveis pela gestão dessas empresas têm demonstrado preocupações com alguns fatores determinantes do negócio, como as competências que possuem para atender o mercado e quais são seus diferenciais.

Por isso, a gestão de competências logísticas devem ser feitas de forma criteriosa, mantendo o nível de serviço adequado a operação. Muito ainda deve ser feito para conduzir de forma estratégica e mais eficaz a cadeia logística, no sentido de resolver todos os problemas que surgem ao longo da cadeia de valores, sendo preciso análise sistêmica.

Deve haver colaboração da cadeia de suprimentos com dedicação à mudança e utilização do tempo necessário para criar e gerir as parcerias que se referem a relacionamentos, redes e interações fundamentadas em TI, que representa uma nova estrutura e oferece novas oportunidades para os profissionais de logística, que são os maiores responsáveis por esta estratégia.

As empresas precisam acompanhar as tendências estratégias, organização e sistemas, como e-commerce, que possibilita acesso a outras redes que formam uma infraestrutura de marketing e logística, portanto, significam grandes mudanças na comunicação e nos formatos de negócios, além de integrar telecomunicação, computadores e indústrias da mídia, gerando novas construções de relacionamento, por meio da Internet, proporcionando redução de custos nas transações e nos canais de venda.

O gestor tem a função de solucionar problemas e precisa fornecer meios para estabelecer parâmetros de solução, portanto, o processo de gestão é composto pelo monitoramento de todas as atividades e competências organizacionais de forma constante para permitir que a organização possa cumprir sua missão e perpetuar sua existência, mantendo o seu crescimento a partir das decisões tomadas, seja no passado, no presente e para o futuro, deve analisar todas as tendências do mercado e do ambiente interno, adaptando-se às exigências e buscando a qualidade a partir de seus recursos, no caso, suas competências e talentos.

Respondendo ao questionamento central da pesquisa, as empresas pesquisadas possuem como competência logística em sua maioria, a manutenção da Informação com ênfase nas tecnologias e a manutenção de estoque para ressuprimento imediato sempre que for acionado, porém com políticas de estoques que proporcionem o menor custo. Também se revela que mesmo as empresas de logística que trabalham com produto/material adotam sistemas de informação como competência essencial para a logística.

As empresas ainda investem pouco nas competências profissionais e individuais como o aspecto principal para desenvolverem suas competências logísticas e organizacionais. Também não possuem um critério definido para a formação e retenção de talentos, que conduzem a empresa ao sucesso nas atividades de logística.

Acredita-se que estes resultados fornecem um panorama sobre a condução de negócios logísticos com base na prestação de serviço, que depende de competências para criar diferenciais competitivos para o desempenho da logística, principal atividade das empresas pesquisadas.

Por fim, entende-se que esta análise embasa o papel das pessoas na empresa, em vista do modelo de gestão adotado, que deveria ser revisto a fim de implementar as estratégias com todos envolvidos que correspondem a formação de competências nas empresas. Assim, sugere-se a maior atenção para a importância da gestão de competências, pois, ao tratar a logística como competência essencial, as empresas precisam designar esforços para terem esse diferencial.

Esta implementação, por muitas vezes, fica limitada a cultura da empresa que desconhece as estratégias para conquista de melhores resultados, acreditando que o fato de ter a lucratividade mensal é o suficiente para a empresa. O desafio de negócios globais de hoje é em primeiro lugar, identificar a competência logística adequada com soluções para satisfazer as diferentes necessidades dos diferentes produtos/serviços e clientes, suprindo conforme as características do mercado e, em segundo lugar, investir em parceiros para ampliar as competências. Com isto, há necessidade de uma visão estratégica ligada à cadeia logística como base para o pressuposto conceitual de competências.

Mais informações, acesse a íntegra da pesquisa aqui.

Foto: Paulo Arthur/Wilson, Sons

 

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