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Conteúdo 22 de março de 2010

CNI defende maior ação política do empresariado no próximo governo

Aumentar a eficácia da ação política do empresariado no próximo governo é o grande desafio do setor empresarial, segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.

A frase foi dita no encontro do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne os maiores varejistas do país, responsáveis por 25% do faturamento do setor, acontecido no dia 17/03.

Monteiro Neto reconheceu que têm ficado aquém do desejado os resultados da atuação do empresariado para promover mudanças institucionais e políticas. “O setor empresarial, embora capaz de formular agendas de desenvolvimento e modernização, não tem revelado a mesma capacidade de se articular e de mobilizar a sociedade para, através de um processo de alianças, promover a implementação dessas agendas”, assinalou.

O presidente da CNI disse identificar duas restrições principais à modernização institucional do país, que são a constitucionalização de políticas, um produto da Constituição de 1988, que eleva os custos da mudança ao exigirem emendas constitucionais, “e a disfuncionalidade do processo político, que também eleva os custos de transação”.

Na sua opinião, para que o empresariado aumente sua capacidade de influência, é fundamental realizar “um extraordinário trabalho de convergência empresarial e clareza sobre estratégia: onde e como queremos chegar”.

“A forma como os empresários se organizam tem impacto na eficácia de suas ações. Nossa capacidade de agir é condicionada pelas estruturas políticas, mas há um amplo espaço para elevação da eficácia da nossa ação política. Cabe a nós mobilizar a sociedade, estimular consensos e favorecer as articulações políticas”, declarou Monteiro Neto.

Ele também lembrou as dificuldades para se promover a reforma tributária. “Além das dificuldades intrínsecas do jogo federativo, há muitos problemas que nascem da falta de confiança entre as partes e da defesa ante a ignorância. Ou seja, uma das partes não acompanha o processo negociador, não sabe o que está sendo negociado e adota o veto como estratégia de menor custo”, relatou.

Enfatizou que, como entidade de caráter nacional, a CNI se concentra em grandes temas, com foco na melhoria da competitividade e do ambiente de negócios. “A nossa agenda tende a se confundir com a agenda de crescimento do país. É uma agenda de baixo conteúdo corporativo”, assegurou o presidente da CNI.

Texto: Unicom – Unidade de Comunicação Social (CNI SESI SENAI IEL)
Foto: Stock.xchng

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