Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 18 de agosto de 2008

Cidade de Jundiaí quer ser um pólo de shopping centers

Que tal partir de carro do bairro do Limão, na cidade de São Paulo, e depois de superar uma das marginais, tomar a Via Anhangüera ou a Bandeirantes e alcançar um grande centro de compras em menos de 30 minutos – sem um único semáforo? O convite é atraente. Fica ainda melhor quando se pode incluir um tour pelo Circuito das Frutas, criado recentemente, em que o visitante pode percorrer propriedades rurais e almoçar em restaurantes típicos italianos nos finais de semana .

O paulistano poderá desfrutar dessa opção em pouco tempo, assim que Jundiaí colocar em marcha um projeto com a ambição de transformar a cidade, a menos de 50 quilômetros da capital, em um pólo de shopping centers. Além dos dois que já existem, mais dois foram anunciados nos últimos dias – o maior deles, da rede Iguatemi, com investimentos de R$ 112,21 milhões.

A economia local já teve perfil agrícola mas, nos últimos anos, transformou-se em um grande distrito industrial. Está em Jundiaí, por exemplo, o maior armazém de distribuição da Sadia e os principais distribuidores de várias marcas de café do País.

O primeiro shopping da cidade, o Maxi, foi construído há quase dez anos. Tem 230 lojas, visitação média de 2 mil pessoas por dia, emprega em torno de 2 mil pessoas e tem estacionamento com 2.200 vagas – sendo mil cobertas. É o centro de compras de alto padrão da cidade. O Maxi, no entanto, começa a ficar saturado. Sofreu uma recente reforma e ampliação ao custo de R$ 36 milhões. O outro centro de Jundiaí, o Paineiras, é uma galeria com poucas lojas. A vantagem é estar cravado na principal avenida da cidade, a 9 de Julho. Tanto o Maxi quanto o Paineiras terão concorrência a partir de 2011, quando a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S. A. colocar em operação a unidade de Jundiaí, que será erguida estrategicamente ao lado da entrada da Via Anhangüera, acessada pela Via Bandeirantes, e bem próxima à rodoviária intermunicipal. Até lá, promete a Prefeitura, uma alça de acesso facilitará não apenas a saída e chegada dos ônibus de São Paulo, como o acesso ao novo shopping.

Ainda não há data definida para o início das obras do centro de compras, que terá 213 lojas voltadas aos públicos A e B, quatro lojas âncoras e cinco semi-âncoras, seis salas de cinema e estacionamento para 1.769 automóveis. O projeto – que fica nos limites legais de aproveitamento da reserva ecológica da Serra do Japi, o que gera preocupação em ativistas de grupos ecológicos de Jundiaí e região – terá torres de apartamentos de alto padrão e grande infra-estrutura de lazer para moradores. A área total é de 103,5 mil m². O resultado operacional líquido esperado para o primeiro ano é de R$ 19,2 milhões.

Jorge Yatim, secretário de Desenvolvimento Econômico de Jundiaí, tem dado declarações otimistas à imprensa a respeito da obra. Ressalta que o número de vagas de emprego, levando-se em conta as benfeitorias e negócios paralelos que o novo shopping vai gerar, poderá até dobrar. Segundo a prefeitura, estão previstos investimentos para facilitar o acesso de quem chega à cidade vindo de São Paulo.

Já existiria, inclusive, um projeto protocolado na prefeitura prevendo as modificações que teriam de ser feitas na região para que o novo shopping represente um salto de qualidade para a cidade – e não mais um problema a ser criado.

Investimentos, maquete e projeções de ganho financeiro feitos, o projeto segue, agora, os trâmites normais para receber o alvará da prefeitura, quando serão analisados impactos ambientais e urbanísticos. A preocupação, além do impacto ambiental sobre o último pulmão verde de Mata Atlântica preservado entre São Paulo e Campinas, é a questão do trânsito. A assessoria de imprensa da Oliva OS Administração de Bens Ltda, dona do terreno e sócia da Iguatemi no projeto, ainda não tem detalhes completos do empreendimento.

Municípios vizinhos

O alvo dos investidores que escolheram Jundiaí é atrair compradores da capital paulista, mas a região também tem muitos atrativos. Há em torno dela 22 municípios que estão com seus distritos industriais em crescimento em função da excelente malha viária (vias Anhangüera, Bandeirantes e Castelo Branco interligadas).

Toda a região de Sorocaba está nesse eixo. A cidade é ainda envolvida pelos municípios de Várzea Paulista, Campo Limpo, Louveira, Jarinu, Atibaia, Cabreúva e Itatiba. O público de Vinhedo e Valinhos é cobiçado pelos novos empreendimentos pelo seu alto poder aquisitivo, apesar de estar mais voltado para o forte comércio de Campinas.

Os investidores crêem que outro fator de sucesso de seus empreendimentos é o fato de estarem numa cidade que tem recebido cada vez mais moradores de bom nível econômico, que fogem da capital em busca de sossego, embora continuem trabalhando em São Paulo.

A viagem de ida e volta pelas boas rodovias de ligação é comparável a percorrer uma grande avenida – com o custo do pedágio, é claro.

No local da velha Vigorelli, novo projeto

Além do futuro Shopping Iguatemi, a cidade de Jundiaí poderá receber outro empreendimento do gênero em pouco tempo. A empresa Multiplan Empreendimentos Imobiliários S. A., que administra 11 shopping centers próprios e que, desde o ano passado, deixou de administrar shoppings de terceiros, adquiriu terreno de 45 mil metros quadrados em área nobre da cidade, entre as avenidas 9 de Julho e João Benatti.

Nesse local funcionou uma das mais tradicionais empresas de máquinas de costura do País, que acabou indo à falência, a Vigorelli do Brasil. O antigo prédio já foi colocado abaixo.

A Multiplan confirma a compra do terreno, e fontes adiantam com segurança que ele será destinado a um shopping, mas a única informação oficial da compradora é a de que "o local será destinado a um projeto imobiliário comercial".

 

Fonte: Sidney Mazzoni, especial para o Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal