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Conteúdo 30 de agosto de 2010

Carga tributária é alta para 95% da população, segundo pesquisa do Firjan

A carga tributária no Brasil é percebida como alta ou muito alta por mais de 95% da população das seis principais regiões metropolitanas do Brasil. A redução da carga é vista como melhor para a população por 89,2% das pessoas, embora 69,9% reconheçam que poderia faltar recursos para investimentos públicos. Embora a imensa maioria (89,4%) saiba da incidência de impostos nos produtos, mais da metade não tem ideia sobre quais são os percentuais. Perguntados sobre a importância de se tratar do tema na campanha eleitoral, 85,1% responderam que é importante ou muito importante.

Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Impactos dos Tributos sobre a População”, iniciativa da Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Foram 2.482 entrevistas realizadas em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

O objetivo foi avaliar o nível de conscientização sobre a carga tributária, investigar o conhecimento sobre o volume incidente nos produtos e serviços e verificar o que as pessoas fariam com uma sobra mensal caso a carga fosse reduzida. A margem de erro é de 1,9%, para mais ou para menos.

A percepção sobre a alta carga tributária passa para 97,1% quando os entrevistados são estimulados a comparar a arrecadação e a qualidade dos serviços prestados pelo estado. Para 80,3%, seria relevante ter o imposto pago discriminado na nota fiscal.

Uma pergunta sobre a finalidade dos tributos demonstrou que 64,9% sabem que o destino da arrecadação é manter e melhorar serviços públicos, mas também mostrou respostas indignadas: 21,8% disseram que o dinheiro vai parar no bolso dos governantes. Outros 8,8% responderam que averba “não é aplicada como deveria”, e 6,8%, que o estado “não investe o dinheiro arrecadado”. Nesta questão foi permitido marcar mais de uma opção.

Numa eventual redução de carga tributária, os entrevistados citaram como maiores benefícios o aumento de renda (55,7%), aumento de consumo (32,9%), redução de preços (29,3%) e aumento da oferta de empregos (26,2%). A pesquisa também apurou que impostos, taxas e contribuições os brasileiros conhecem.

Deu IPTU em primeiro (65,3%), seguido de IPVA (44,2%),Imposto de Renda (43,5%) e a contribuição para o INSS (42,4%). Os menos conhecidos são o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), com 1,7%, e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com 1%.

Para medir o que as pessoas fariam com uma sobra mensal decorrente de uma eventual redução na carga tributária, a pesquisa ofereceu dois cenários. Se o total liberado pela queda fosse de 5% do orçamento familiar, 44,3% poupariam o dinheiro; 37% aproveitariam para consumir mais; e 18,7% quitariam dívidas. Entre os que disseram que gastariam mais, os tipo de produtos mais citados foram alimentação (54,7%), vestuário (16,1%) e lazer (15,8%). Esse consumo injetaria, segundo estimativas da Firjan, R$ 57 bilhões na economia brasileira.

No cenário de uma redução de carga que liberasse 10% do orçamento familiar, o resultado foi parecido: 48% poupariam, 35,5% consumiriam mais e 16,5% quitariam dívidas. Entre os que gastariam a sobra, além de alimentação, vestuário e lazer, aparecem entre as categorias citadas saúde (planos de saúde e remédios) e educação (cursos de línguas e de especialização). Neste caso, a injeção estimada de recursos na economia seria de R$ 108 bilhões.

Texto: Assessoria de Imprensa do SistemaFirjan
Foto: Stock.xchng

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