Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 18 de outubro de 2010

Brasil retrocede duas posições em competitividade

De acordo com o ranking de competitividade global elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil retrocedeu duas posições em relação ao resultado do último estudo e ocupa atualmente a 58ª posição, entre um total de 139 países avaliados, sendo o último colocado em tributação e regulação. A Suíça lidera o ranking, seguida pela Suécia, Cingapura, Estados Unidos e Alemanha.

O estudo, divulgado na segunda semana de setembro, avaliou 12 categorias (instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação básica, educação e formação de nível superior, eficiência no mercado de bens, eficiência no mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, acesso à tecnologia, dimensão do mercado, sofisticação dos negócios e inovação) e um conjunto de 111 indicadores.

O fato de o Brasil ter sido o último colocado nos indicadores ‘extensão e impacto da tributação’ e ‘impacto da regulação do governo’, segundo Luiz Aubert Neto, presidente do Sistema ABIMAQ, reforça as dificuldades que a indústria brasileira enfrenta face aos concorrentes estrangeiros. “Este estudo reforça, mais uma vez, a necessidade de medidas urgentes que possam reduzir as desvantagens competitivas enfrentadas por nossa indústria”. Para José Velloso, vice-presidente da ABIMAQ, o resultado mostra claramente que “não é a indústria que não tem competitividade. O Brasil não é competitivo”.

De acordo com Velloso, a indústria brasileira tem condições de competir em igualdade e tem mostrado sua capacidade, seu investimento constante em inovação tecnológica e no aumento de produtividade. “Mas enquanto não houver no país uma política industrial privilegiando o investimento produtivo em vez do não produtivo, isso não será possível. Precisamos resgatar a competitividade do setor e sair do caminho da desindustrialização”, acrescenta Aubert.

Outros indicadores mal avaliados, e que também impactam de forma negativa na competitividade da indústria brasileira, foram a rigidez do mercado de trabalho, com dificuldade para contratar e demitir funcionários, e a baixa qualidade das instituições e do ensino primário.

Os 12 Pilares – Indicadores Utilizados:

Instituições

Infraestrutura

Ambiente macroeconômico

Saúde e educação primária

Ensino superior e treinamento

Eficiência do mercado de bens

Eficiência do mercado de trabalho

Desenvolvimento do mercado financeiro

Prontidão tecnológica

Tamanho do mercado

Sofisticação empresarial

Inovação


 
Apesar de ter sido bem avaliado em alguns indicadores, como ‘regulação no mercado de títulos’, ‘tamanho do mercado doméstico’ e ‘quantidade de fornecedores locais’, os pontos fracos pesaram mais, e tiveram como consequência a queda de duas posições na avaliação deste ano. No período entre 2007 e 2009, o Brasil teve uma tendência de alta e deu um salto de 16 posições no ranking, chegando à 56ª colocação.

Segundo o Fórum, o resultado refletiu os esforços dos últimos 20 anos em busca da estabilidade macroeconômica, mas ainda há muitos desafios que a economia brasileira precisa superar para que o país possa aproveitar todo seu potencial competitivo.

“Mais uma vez, é preciso reforçar o caminho tomado pelos países desenvolvidos, que adotaram políticas capazes de fortalecer suas indústrias, com desoneração dos investimentos, câmbio e financiamentos competitivos, inovação tecnológica e incentivo às exportações de bens de alto valor agregado”, declara Aubert.

Dos 111 indicadores avaliados pelo FEM, agrupados nas 12 categorias do ranking, o Brasil registrou piora em 64%, melhora relativa em 27% e estabilidade em aproximadamente 9%.

Texto: Imprensa ABIMAQ
Foto: Stock.xchng

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal