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Conteúdo 25 de julho de 2011

Anfir projeta desaquecimento do setor de implemento rodoviário

A Anfir – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários prevê para 2011 redução no desempenho do setor, No cenário mais otimista, a entidade acredita que pode haver resultado positivo no faturamento de 4,4% – percentual abaixo da previsão feita em fevereiro, que foi de 5%. No entanto a associação admite que pode haver queda na atividade a ponto de haver faturamento negativo de 1,2%.

As razões para as previsões de desaquecimento são a diminuição do acesso ao crédito, com as novas regras do Finame; e as antecipações de compra de caminhões, motivadas pela entrada em vigor em 2012 da norma de emissões Euro 5. Os dois fatores, de acordo com os estudos da Anfir, têm força para reduzir o desempenho do setor – que de janeiro a junho desse ano cresceu 20,51% em emplacamentos.

Finame. O novo programa de financiamento, que entrou em vigor em 1º de abril, reduziu a parte financiável com dinheiro público de 100% para 70% e fez os juros anuais subirem de 5,5% para 8,7%. “O reboque e o semirreboque dependem fundamentalmente de financiamento. A redução da parcela financiável afeta diretamente a aquisição dos produtos que são bens de produção”, explica Rafael Wolf Campos, presidente da Anfir.

Euro 5. Com a chegada de 2012, o mercado deve antecipar suas compras de caminhões com os novos motores equipados para atender a norma Euro 5 de emissão de gases poluente.  Dessa forma, os recursos destinados a compra de implementos rodoviários deverão ser redirecionados. “Na prática, as empresas vão rodar de caminhão novo com implemento antigo, sem renovar completamente o transporte de carga”, analisa Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir.

A maior parte de toda a carga transportada no Brasil é feita pelo modal rodoviário, responsável por movimentar 60% de todas as mercadorias, independente do tipo ou origem. “Manter as frotas de transporte atualizadas assegura a distribuição de mercadorias em todo o território nacional”, diz Rinaldi.

Desindustrialização. Outro fator que ainda não pesa na equação para frear a atividade econômica do setor, mas que representa um risco elevado ao parque industrial brasileiro é o anúncio feito pelo Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior de que estuda a não realização de inspeções nos produtos importados, via Inmetro.  Para a Anfir isso criará uma vantagem para o produto importado em detrimento do nacional. “Trata-se de uma medida contrária aos interesses da indústria nacional. Os produtos brasileiros são legitimamente submetidos ao crivo do Inmetro e não há razão para que os competidores estrangeiros não se submetam aos padrões e regulamentos brasileiros”, afirma Campos.

O assunto entrou em pauta porque o Ministério anunciou que faltaria estrutura ao Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial para realizar a fiscalização dos produtos importados. A ANFIR vai encaminhar um pedido ao MDIC pedindo que não seja tomada a decisão de liberar o produto importado de inspeção. “É um retrocesso que pode levar o Brasil a desindustrialização”, alerta Campos.

Texto: Anfir
Foto: Stock.xchng

 

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