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Conteúdo 19 de outubro de 2009

Aliança faz balanço da cabotagem e garante que há espaço para crescer

Em agosto último, a Aliança Navegação e Logística completou 10 anos de atuação na cabotagem e, na última quinta-feira, 15/10, ao fazer um balanço desta década que se passou e revelar as expectativas para este serviço nos próximos anos, o diretor-superintendente da companhia, Julian Thomas (foto), afirmou que ainda há muito espaço para o crescimento deste modal na matriz de transportes do Brasil.

Ele disse que a cabotagem tem um papel significativo na cadeia logística, mas, hoje, tem somente 15% do seu potencial explorado no país. Uma das justificativas apontadas é a falta de conhecimento das empresas brasileiras no que diz respeito a este modal e as suas vantagens. “O custo da cabotagem é cerca de 15% inferior ao do modal rodoviário”, comentou.

Para concorrer com o transporte rodoviário, o diretor de Operações da Aliança, José Balau, explicou que a cabotagem precisa oferecer um serviço confiável, com frequência semanal e curto tempo de trânsito. Por isso, é necessário que nos arredores das zonas portuárias sejam construídos complexos logísticos que facilitem a intermodalidade, por meio de ferrovias, rodovias e até mesmo hidrovias.

Neste sentido, Thomas destacou que é necessário que mais investimentos sejam destinados à infraestrutura dos portos e das vias de acesso em regiões portuárias brasileiras. “É preciso que haja investimentos já em curto prazo, pois falta capacidade nos terminais portuários”, alertou, lembrando que o volume movimentado pela cabotagem vinha crescendo antes da crise econômica e, a partir de 2010, deverá crescer novamente.

Voltando no tempo, ele lembrou que até meados da década de 1960, a cabotagem era muito utilizada para o transporte de cargas no país, só que, a partir dali, quando o governo federal passou a investir grande parte dos recursos na construção de rodovias, este modal foi deixado de lado, não recebeu nenhum tipo de investimento e, com o passar dos anos, perdeu credibilidade.

O diretor-superintendente da Aliança comentou que quando houve uma retomada, por volta do ano de 1999, foi preciso fazer um trabalho incessante para recuperar a credibilidade do serviço e convencer as empresas brasileiras de que em alguns casos ele pode ser mais vantajoso do que o transporte rodoviário.

Mesmo assim, ele garantiu que atualmente a demanda pela cabotagem é menor do que a capacidade de serviço que o modal tem para oferecer. “O transporte de cabotagem está muito bem estruturado e tem uma boa oferta de serviços. O que falta agora para que a cabotagem volte a crescer é receber mais investimentos”, concluiu.

Texto: André Salvagno/Logweb

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