Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 22 de março de 2010

A cada quatro empresas paulistanas, só uma tem certificação digital

Durante evento “Desmistificando a Certificação Digital”, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com a Certisign e Camara-e.net, foi divulgado um levantamento inédito da instituição, apontando que boa parte dos empresários da capital ainda estão, o qual, ausentes do universo da certificação digital.

De acordo com a superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi, embora a Certificação Digital tenha sido massivamente debatida nos últimos meses, grande parte do empresariado paulistano apresenta desconhecimento em relação ao assunto. “Em um levantamento ouvimos 500 empresas, em janeiro de 2010, no qual constatamos que três em cada quatro empresas da cidade de São Paulo ainda não possuem certificação digital. Esse dado é digno de atenção”, pondera Sandra.

No geral, 75% das empresas consultadas pela pesquisa disseram não ter a certificação digital. Com essa tecnologia, as empresas podem comprovar sua identidade em transações on-line, o que aumenta a segurança em operações como as de trocas eletrônicas de documentos.

A sondagem revela que o percentual dos que não tem a certificação é maior no comércio varejista (84%). Entre as microempresas ouvidas pela pesquisa, apenas 20% usam a tecnologia. Esse percentual aumenta para 34%, no segmento de pequenas empresas.

As empresas que não têm certificação digital afirmam que não necessitam da tecnologia (53%) ou que não a conhecem (29%). Apenas 2% argumentam que o preço de sua aquisição é muito alto. O setor que mais manifestou não conhecer a certificação digital foi o comércio atacadista (46%), seguido da indústria (37%).

Para o vice-presidente de Relações Institucionais da Certisign, Júlio Cosentino, entender a importância da certificação digital é uma medida necessária no mundo empresarial. “O que atrapalha as transações no Brasil é o excesso de burocracia. A certificação digital simplifica esses processos. O que precisa ficar claro é que a situação contábil e fiscal no país está mudando e, na verdade, essa evolução contribui para a agilidade nos procedimentos e a redução de tempo”, explicou.

A partir do mês de abril, as empresas deverão entregar seus exercícios, referentes a lucro real, arbitrado ou presumido, por meio de transmissões eletrônicas. Com a certificação digital, a empresa garante a autenticidade, a segurança e a validade jurídica dos dados transmitidos. “Essa conversão representa uma avanço no envio dos dados e na segurança”, destacou Cosentino.

A obrigatoriedade tem como base a Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. A MP regula as ações das unidades gestoras da ICP-Brasil e a finalidade dos certificados.

Manuel Matos, presidente da Camara-e.net e Conselheiro do ICP Brasil, destacou o funcionamento prático da infraestrutura do documento eletrônico no Brasil. “Estamos vivendo uma revolução impulsionada pela internet e, todos nós fazemos parte dessa transformação”, enfatizou Matos, mencionando que “existem entidades comprometidas com o país, como é o caso da ACSP, que está na vanguarda no apoio às empresas. Nas demais localidades, os cartórios terão esse engajamento”.

O ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira) é um conjunto de entidades, padrões técnicos e regulamentos, elaborados para suportar um sistema com base em certificados digitais. A medida surgiu devido à percepção do Governo da importância de regulamentar as atividades de certificação digital no país, já que cresce o número de transações eletrônicas e, com isso, a necessidade de torná-las mais seguras.

Para a diretora da Ágil Consultoria, Cirlene Oliari Casteluber, o que precisa ficar nítido é que a assinatura digital passa a representar legalmente as empresas nacionais na internet. “As vantagens da certificação digital são: maior rapidez e segurança nas transmissões dos dados, redução no custo de impressão, dificuldade de fraude, serviços on-line com a receita federal e capacidade de resistência ao envelhecimento e deterioração dos documentos”, declarou Cirlene.

De acordo com a superintendente de Produtos e Serviços do SCPC, Roseli Garcia, a entidade está preparada para ofertar a certificação digital com os melhores custos do mercado, isso quando comparados à concorrência. “Muitos desconhecem o que é certificação digital. Trata-se de um documento eletrônico que contém nome, um número público exclusivo, denominado chave pública, além de outros dados que mostram quem somos para o sistema de informação. Essa chave pública serve para validar uma assinatura realizada em documentos eletrônicos, explicou Roseli.

Texto: Assessoria de Imprensa da ACSP
Foto: Stock.xchng

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal