Licitação aberta pelo governo do Maranhão prevê construção de terminal de grãos
Mais de 20 empresas, das áreas de mineração,
agronegócios, engenharia e operação portuária
estão disputando concorrência aberta pelo Estado do
Maranhão para construir e operar um terminal de grãos,
com capacidade de movimentar 12 milhões de toneladas/ano,
no porto de Itaqui. O projeto, que prevê investimentos de
R$ 137 milhões, permitirá escoar a produção
de soja do Centro-Oeste e da região Sul maranhense.
Segundo informações da Empresa Maranhense de Administração
Portuária (Emap), responsável pela licitação,
entre os grupos que compraram o edital para a construção
do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) estão
a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Camargo Corrêa, Bunge,
Cargill, Noble Grain, Odebrecht, OAS e Wilson Sons, entre outras.
O projeto prevê a construção de sete silos na
retroárea do porto e de uma correia transportadora para levar
os grãos até o cais, onde será feito o embarque
nos navios. Será instalado um guindaste no píer com
capacidade de movimentar 2 mil toneladas de grãos por hora.
O prazo final para a entrega das propostas, previsto para 20 de
janeiro, foi adiado para 30 de março.
O objetivo da Emap, que administra o porto, é assinar os
contratos com a vencedora em abril. O início das operações
ocorreria em meados de 2006, quando o terminal começará
operando com capacidade de 2 milhões de toneladas por ano.
Em uma segunda fase, até 2009, a movimentação
seria ampliada para 5 milhões de toneladas anuais e, em 2015,
o volume atingiria a capacidade máxima.
Uma das exigências do edital é que o ganhador constitua
uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que será
a arrendatária do terminal. O Tegram será construído
em terreno de 128 mil m², na retroárea do porto, que
no ano passado movimentou 14 milhões de toneladas, incluindo
carga geral, derivados de petróleo e soja movimentada pela
CVRD. Isso significa que o Tegram, quando em plena operação,
movimentará quase o dobro do volume atual. (Fonte: Valor
On-line)