Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 21 de junho de 2006

Greve de auditores fiscais faz país perder R$ 5 bilhões de acordo com sindicato

Há 47 dias a greve dos auditores fiscais
da Receita Federal vem atrapalhando o desembaraço de mercadorias
nos portos e aeroportos de todo o país. No Paraná,
apesar de consultores em comércio exterior enxergarem prejuízo
menor em relação a outros estados “por conta
de decisões liminares”, aquelas empresas cuja produção
é baseada na importação de insumos sofrem com
perdas de vendas e até de contratos. Os fiscais são
os responsáveis por liberar as mercadoria nas aduanas.
O Porto de Paranaguá soma US$ 500 milhões em cargas
paradas, resultado de 1,1 mil operações de importação,
além de reunir cargas correspondentes a 900 processos de
exportação. São liberadas as perecíveis,
perigosas e urgentes, como os remédios. Enquanto isso, as
liminares se acumulam: só na última quarta-feira (dia
14 de junho) chegaram cinco.
No aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais,
85% das cargas estão sendo liberadas sem inspeção,
mas o restante provoca reclamações de atraso. E no
porto seco de Foz do Iguaçu, onde os auditores estão
em greve desde o dia 15 de maio, 700 caminhões aguardam a
destinação das cargas.
De acordo com o coordenador de comércio exterior da Federação
das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Ardisson
Akel, “é impossível quantificar as perdas, mas
elas envolvem interrupção de linhas de montagem, antecipação
de férias aos funcionários, cancelamento de vendas
pela impossibilidade de embarcar a carga ou multas por atraso no
envio”.
Ele destaca o grande prejuízo das indústrias que operam
no sistema “just in time”, que prevê a chegada
de peças exatamente no momento em que serão utilizadas
na linha de montagem. O setor madeireiro e os exportadores de grãos
e alimentos também têm sido bastante afetados.
O sindicato que representa os auditores da Receita Federal em São
Paulo divulgou esta semana que o país já perdeu R$
5 bilhões desde o início da paralisação,
mas o número foi contestado pela diretoria nacional da entidade,
que não faz estimativas. (Fonte: Gazeta do Povo – PR)

Enersys
Savoy
Retrak
postal