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Conteúdo 10 de abril de 2004

Ganhos de eficiência e competitividade com novas tecnologias

Muito se tem falado, recentemente, sobre a aplicação da tecnologia de radiofreqüência (RFID) na identificação de produtos, com potenciais ganhos de eficiência e novos horizontes de serviços ao longo da cadeia de abastecimento, trazendo para nosso dia-a-dia possibilidades que, até há pouco, eram ficção científica.

Apesar da importância técnica do assunto e das
reais oportunidades que a tecnologia oferece, é essencial
que os empresários brasileiros conheçam as possibilidades
efetivas de aplicação nos negócios, os pré-requisitos
para isso e a perspectiva de adoção ao longo do
tempo.
A tecnologia da identificação por radiofreqüência
utiliza sempre um equipamento emissor de sinal pré-codificado
(a etiqueta) e outro que recebe o sinal emitido (leitor) e um
sistema que processa a informação para alguma utilização
prática (em geral, um computador com software adequado).

Uma forma de uso da tecnologia de RFID à qual talvez
estejamos mais habituados é o sistema de pedágio
"Sem Parar". O veículo recebe uma etiqueta com
um código único que o identifica e, ao passar pelo
pedágio, um leitor capta o sinal emitido pela etiqueta
e transfere para o sistema de retaguarda a informação
que aquele determinado veículo passou pelo pedágio,
gerando um débito correspondente na conta do usuário.

Apesar da simplicidade aparente, há muitas questões
essenciais que ainda precisam ser solucionadas para que o sistema
seja amplamente adotado:

  • limitação do alcance do sinal
    emitido e capturado para assegurar a leitura correta de acordo
    com cada situação. Se, por exemplo, utilizarmos
    os mesmos parâmetros de identificação do
    conteúdo de um caminhão no ambiente de check-out
    de uma loja, será impossível identificar o conteúdo
    do carrinho de diferentes consumidores em uma fila, ou mesmo
    separar as informações dos produtos num carrinho
    e nas gôndolas próximas;|
  • cada país utiliza diferentes freqüências
    de rádio e, cada um deles, tem normas próprias de
    uso, algumas privativas da polícia, outras de emissoras
    de rádio, etc. Ainda não existem normas globais
    para reger o uso do RFID na identificação de produtos,
    para unificar sistemas de emissão e leitura dentro de determinadas
    faixas;
  • a estrutura das informações
    codificadas necessita de padronização, pois é
    o chip que terá capacidade definida para os registros
    delas, em bits. Se cada empresa definir quais informações
    colocar em cada espaço do chip, ou mesmo a ordem em que
    serão introduzidas, a utilização da tecnologia
    estará limitada a soluções individuais.

É esse o momento em que estamos: existem diversos fornecedores
de soluções completas de RFID, há oportunidades
promissoras nos mais variados campos de aplicação,
desde a logística até a segurança do consumidor,
mas os ganhos apenas serão auferidos integralmente quando
existirem normas globais, que regulem os diferentes aspectos dos
equipamentos e de seu uso. Essas normas já estão
sendo desenvolvidas, sob coordenação da EAN.UCC
internacional, por meio do EPC Global Inc. Entretanto, muito já
pode ser feito, mesmo que ainda sob forma de soluções
individuais para empresas.

A utilização da tecnologia RFID será bastante
ampla, especialmente na área de logística e retaguarda,
em carretas, paletes ou mesmo caixas de despacho de produtos,
e em mais alguns anos também na interface com o consumidor,
especialmente nas áreas de vendas. E, por muito tempo,
conviverá com os códigos de barras, mas ela permitirá
a seus usuários enormes ganhos de eficiência, assegurando
importantes diferenciais competitivos.

Claudio Czapski – Superintendente
da Associação ECR Brasil
ecr@ecrbrasil.com.br

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