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Conteúdo 10 de março de 2005

Fundamentais no processo logístico atual

Uma das grandes vantagens apontadas com relação aos armazéns gerais é o fato de livrarem as empresas de gastos bastante significativos em instalações, equipamentos e sistemas para a execução de tal atividade.

O segmento de armazéns gerais se constitui, sem sombra de dúvida, no mais importante na cadeia logística de abastecimento.”
A afirmação é de Joaquim L. de Souza, superintendente da Companhia Empório de Armazéns Gerais Alfandegados, que também acrescenta que a atividade é regulada pela lei nº 102, elaborada em novembro de 1930.
De fato, é grande a importância dos armazéns gerais dentro do processo logístico, e isto é apontado por outros entrevistados desta matéria especial.
Por exemplo, para Marcos Gomes, gerente de administração fiscal da DHL Logistics, os armazéns gerais são de suma importância devido à sua praticidade e início imediato das operações.
Ferdinando Manzoli Sobrinho, diretor de negócios da Columbia, diz que, como toda a especialização, em qualquer ramo ou atividade, pressupõe-se ganhos de escala com conseqüente redução de custos e melhoria de serviços e informações. “Em um armazém geral, espera-se que os níveis de informação sejam melhores, pela utilização de sistemas informatizados de endereçamento e controles, os WMS – Warehouse Management System, que são normalmente caríssimos para uso individual”, diz ele.
Para Roberto Ferreira dos Santos, diretor de operações da Coimex Armazéns, os armazéns gerais são importantes na cadeia logística pois funcionam como pulmões de mercadorias, tanto para empresas que não possuem áreas de estocagem condizentes com a sua necessidade operacional, quanto para aquelas que desejam terceirizar este tipo de atividade. “Realmente, os armazéns gerais desoneram as empresas, as quais podem se concentrar e capitalizar recursos para as suas atividades afins”, completa o engenheiro Bernardo Nebel First, da Sanca Engenharia.
Pensamento semelhante tem Edson Depolito, diretor comercial da Brucai Logística. Segundo ele, os armazéns gerais são de fato ferramentas importantíssimas dentro do mundo logístico, em especial, para atender a organizações que têm como verdade o dar foco no seu negócio principal de “comprar ou vender”, deixando seus produtos sob a guarda de um armazém geral.
Para Carlos Antonio de Aquino, executivo de Supply Chain Services do Grupo CBCE, com o aprimoramento do gerenciamento da cadeia de suprimentos (supply chain management), as atividades básicas de armazenagem e transporte presentes na gestão logística passaram a ser não mais consideradas de forma individual, mas conjuntamente com outros processos presentes nas corporações, como gestão do inventário, cash-flow, sourcing, etc., compondo um macroprocesso via de regra de responsabilidade dos principais executivos nas empresas. “Neste cenário, a atividade de armazenagem geral tem um papel não só de servir como um buffer de produtos acabados ou matéria-prima para se tornar parte integrante do business da empresa, através de serviços de valor agregado, centro de distribuição, repositor de estoques no ponto de consumo, alimentador de matéria-prima na produção, fornecimento just-in-time, etc., contribuindo significativamente na redução dos custos operacionais, atendimento ao cliente e performance do negócio”, diz Aquino.
Jeferson Adriano de Carvalho Osório, encarregado administrativo da Cia. Bandeirantes de Armazéns Gerais, e que, no ano de 2003, realizou um trabalho de conclusão de curso com o tema “A importância do Armazém Geral no Processo Logístico”, enfatiza que os armazéns gerais são os intermediadores entre as fases de produção e distribuição na movimentação e armazenagem dos produtos. “A importância dos armazéns gerais é coordenar as várias situações que envolvam a armazenagem dos produtos, em qualquer estágio da produção (matéria-prima, semi-acabado e acabado), o que identifica a linha de ação a ser tomada e as suas prioridades”, completa.
Luiz Antonio Meireles Vasconcelos, diretor da Argimpel Armazéns Gerais, faz sua análise pelo lado do agronegócio. Segundo ele, neste setor, o armazém geral tem suma importância, pois além de exercer o papel de regular estoques, armazenando as principais commodities produzidas em nosso país, é o único local em que se pode exercer, também, a opção de financiar a produção a taxas mais acessíveis (os chamados EGF’s), encontrados nos bancos principais.
“É também o armazém geral a entidade autorizada a emitir Warrants, ou seja títulos que garantem o estoque, e dependendo do estabelecimento, este título pode ser negociado em qualquer lugar do mundo. Além de benefícios fiscais às indústrias de bens primários e duráveis, em geral os armazéns gerais de produtos agropecuários costumam atender à demanda de grandes tradings, facilitando o escoamento e a conservação de produtos agrícolas, pois existe uma sazonalidade bastante acentuada durante a colheita”, completa.
Pelo seu lado, Rogério Lazzaris, diretor geral da Damc do Brasil Armazéns Gerais, informa que, com a chegada “implacável da globalização e o aumento significativo das transações internacionais, de importação e exportação, os portos brasileiros não suportam sozinhos acomodar toda carga que chega e sai do Brasil. Ou seja, o crescimento nessas transações está sendo superior e mais rápido do que a adequação da infra-estrutura portuária. Nesse contexto, os armazéns gerais retroportuários surgem como saída estratégica para equilibrar essa situação e comportar o grande volume de produtos que transitam por esses portos, garantindo a continuidade do processo logístico”.

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