Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 10 de dezembro de 2002

Expomodal é sucesso em Santos, SP

Um sucesso. Assim pode ser definida a Expomodal Santos 2002 – Feira Logística e Portuária, realizada entre os dias 8 e 11 de outubro último no Mendes Convention Center, em Santos, SP, registrando a participação de 50 empresas e 7,2 mil visitantes. Em paralelo à feira, aconteceu, nos dias 9 e 10, o evento Santos – A Porta do Brasil – Seminário Integrado de Logística Portuária e Transportes.

A opinião sobre o sucesso é de autoridades, empresários, visitantes e organiza­dores, unânimes em apontar a Expomodal como um marco na atual fase de modernização do Porto de Santos e nos planos da cidade de transformar-se em um dos mais importantes centros do turismo de negócios do país.

Seminário

Nos dias 9 e 10, em paralelo à Expomodal, foi realizado o evento Santos – A Porta do Brasil – Seminário Integrado de Logística Portuária e Transportes.

Os trabalhos do primeiro painel, “Infra-estrutura e Logística” tiveram início com a palestra “PDDT – Plano Diretor de Desenvolvimento dos Transportes do Governo do Estado”: apresentada pelo superintendente de Planejamento de Transportes da Dersa, Milton Xavier. Em sua explanação, ele falou sobre o planejamento e as projeções do governo estadual para o setor de transportes nos próximos 20 anos. Segundo ele, um estudo realizado em 1999 e 2000 detectou alguns gargalos que dificultam o escoamento de cargas pelo Porto de Santos, nos setores rodoviário e ferroviário da região metropolitana da capital, e uma certa ineficiência operacional no complexo portuário santista, além de custos elevados e dificuldades de acesso local e regional. Como soluções, Xavier apontou a construção do Rodoanel e Ferroanel como prioridades do PDDT. Na seqüência, Mauro Szwarcgun, gerente operacional da Ecovias discorreu sobre o tema “Sistema Anchieta-Imigrantes”, abordando questões sobre a modernização, investimentos e tecnologia na ­rodovia.

Acrino Barboza de Freitas, presidente da Estrada Transportes Ltda, abordou a ­redução em cerca de 60% dos custos operacionais da movimentação de contêineres após o implemento da política de privatização portuária. Segundo ele, a diminuição ocorreu graças ao aumento da eficiência do Porto de Santos e à agilização dos procedimentos aduaneiros. Citando Santos como o melhor porto brasileiro no que se refere à estrutura e infra-estrutura portuária e retroportuária, Freitas disse que, antes do início do arrendamento das áreas do porto, os custos de movimentação de um contêiner de 20 pés eram de US$ 3.600, caindo para cerca de US$ 1.500 atualmente. Outra sensível redução ocorreu na capatazia, de US$ 300 para US$ 70. Em sua opinião, o tempo de movimentação de contêineres por hora é o índice mais representativo do aumento da eficiência do cais santista. Das 12 unidades movimentadas por hora, o índice subiu para uma média entre 45 e 50/hora.

“Ferrovias: companhias com novo foco no seu plano de negócios” e “Estudo de caso: do cerrado ao porto, o sucesso da soja apoiado na logística e no Porto de Santos” foram palestras apresentadas, respectivamente, por Sérgio Ricardo Freitas de Souza, diretor-presidente da Portofer e diretor de Desenvolvimento e Relações Institucionais da Brasil Ferrovias, e por Evandro Schimidt Pause, gerente de Operações Portuárias da Coinbra S/A. A tônica das apresentações foi a escolha do Porto de Santos como a principal opção para exportação da produção agrícola do centro-oeste brasileiro, o que está atraindo investimentos como o que viabilizou a implantação do Terminal XXXIX (Armazém 39 Externo) e trará o futuro Terminal de Granéis de Guarujá-TGG, primeiro terminal multiuso da América Latina.

O presidente da Portofer falou ainda que as companhias ferroviárias precisam preparar-se para o aumento da utilização das ferrovias no escoamento da produção agrícola, o que possibilitará a redução de custos e aumento da eficiência do transporte. Já o diretor da Coinbra apontou o transporte dos produtos agrícolas durante todo o ano como forma de diminuir a sazona­lidade das ferrovias, reduzindo seus custos.

“Integração das Informações” foi o tema do Painel 2, que contou com a apresentação da palestra “Modernização dos agentes públicos”. Foi feita uma abordagem do esforço de modernização dos agentes públicos na agilização dos aspectos operacionais, em especial no campo da tecnologia de informação.

O Painel 3 enfocou o tema “Modernização Tecnológica – Seus Impactos e Resultados” e a primeira palestra foi apresentada pelo diretor da Cosan Operadora ­Portuária, Carlos Eduardo Bueno Magano, que falou sobre o tema “Granel Sólido”. Em sua explanação, Magano enfatizou a possibilidade de Santos tornar-se líder nacional no escoamento da produção agrícola brasileira e advertiu sobre a possibilidade de alguns terminais do porto santista tornarem-se ociosos com a implantação do Terminal de Granéis do Guarujá.

No mesmo painel, Antonio Francisco Armelin Gomes, diretor de Operações Industriais da Citrosuco Paulista, abordou o tema “Granel Líquido”. Gomes anunciou a ampliação dos embarques de suco de laranja natural, pronto para consumo, juntamente com o suco de laranja concentrado.

Os trabalhos do segundo dia do seminário tiveram início com o Painel 4, “Santos: Parcerias em Logística”. A primeira palestra, “Líquidos”, foi apresentada por Sérgio Paulo P. de Aquino, sócio-diretor da SPA Consultoria e Assessoria Portuária e Aduaneira. Segundo ele, Santos é o principal porto exportador de líquidos do país, disputando a liderança do setor com o porto pernambucano de Suape.

Volvo
Enersys
Savoy
Retrak
postal