Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 20 de dezembro de 2013

Soprando a brasa

Estava procurando expiração para deixar aos leitores uma mensagem natalina e aquela positividade para o ano vindouro quando me veio à mente uma metáfora sobre o soprar em uma brasa. Percebi que tudo em nossa vida pode ser representado por uma brasa, um pedaço que contribui com o “calor” necessário para “levarmos” a vida adiante.

Vi-me triste, de certa forma, por ver que em minha vida deixei e estou deixando que algumas brasas se apaguem. É evidente que o apagar de algumas brasas – os churrasqueiros de plantão sabem o que quero dizer – pode desandar uma carne ou tornar seu preparo bem mais demorado.

E nossas brasas essenciais, como estão? Como estão nossas famílias, nosso trabalho, nossos amigos e como estamos nós mesmos? Você vem soprando essas brasas constantemente e realimentando o fogo que lhe mantém vivo, buscando seus objetivos e atento aos segmentos essenciais à manutenção da vida?

Todos os dias estamos sujeitos àquele “balde de água fria” que nos desmotiva. Ele pode ser uma palavra, uma ação ou uma omissão que atinge diretamente nosso sopro, enfraquecendo-o e/ou desviando-o do foco. De uma forma ou de outra não podemos nos livrar disso, mas podemos determinar por quanto tempo isso vai nos afetar. Lembro o que já comentei certa vez: não somos donos das atitudes alheias, mas somos donos dos danos que elas podem causar e podemos corrigi-los a nosso tempo.

Nesse período em que o Natal nos deixa mais voltados aos outros e aguardamos 365 páginas novas para escrevermos nossas histórias, fazemos aquele balanço e pontuamos nossos erros e acertos, proponho enxergarmos cada um desses pontos como uma brasa – sabendo que cada uma tem seu tamanho e sua contribuição no resultado final – para podermos soprar na intensidade correta. Definirmos o papel de cada uma é vital para o fogo. Temos brasas grandes (Deus, você, família, futuro), brasas médias (não tão essenciais, mas importantes para o calor que auxilia as grandes) e as pequenas (não tão importantes, mas que precisam estar pressentes mesmo que gerem mais cinzas do que calor).

Agora imagine se concentrarmos nosso sopro nas brasas pequenas com a mesma intensidade que precisaríamos soprar as grandes […]. Tornar-se-iam cinzas bem mais rápidas. E não precisamos das cinzas, precisamos de calor!

Sopre a brasa do amor se reconciliando com alguém que lhe decepcionou; sopre a brasa de sua autoestima para que não se decepcione da mesma forma com as mesmas pessoas; sopre as brasas dos seus sonhos e busque o melhor futuro para seus ideais; sopre a brasa do seu “eu” para que possa levar calor às pessoas em forma de gentilezas, afeto e generosidade. Defina bem as suas brasas e assegure que serão sopradas na intensidade necessária. Dessa forma, ninguém pode pegar o que é seu se não estiver disposto a queimar a mão.

Talvez os natais não sejam os mesmos; talvez não possamos esperar muito de um novo ano; talvez estejamos com tantas cinzas que tenhamos que soprar com mais cuidado. Uma coisa é certa: precisamos soprar e reavivar essas chamas para entendermos melhor sobre o Natal, darmos uma chance a uma nova fase e mostrarmos a beleza do nosso fogo – para nós e para os outros.

Um Natal de bondade propícia. Um 2014 repleto de ar em seus pulmões!

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

intralog
Savoy
Enersys
Retrak
postal