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Conteúdo 10 de fevereiro de 2022

Soluções para um futuro potencialmente caótico: prepare-se ou vá embora

10-02-22 Foto interna para colunas

Diante do cenário econômico encontrado no Brasil ao longo de 2021, as perspectivas para o novo ano não são as mais otimistas. Com alta da inflação, do custo de vida e do desemprego, aliada ao crescimento do PIB abaixo do esperado, empreendedores dos mais variados setores deverão buscar soluções disruptivas para garantir a sobrevivência de seus negócios.

Ainda no mês de dezembro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou estar preocupado em relação ao aumento de núcleos de inflação no Brasil, à decolagem dos índices de preços e ao crescimento estrutural do país em níveis inferiores aos que foram previstos anteriormente. Reforçando as projeções negativas, ele apresentou questionamentos referentes à capacidade do Brasil em crescer.

Enquanto os preços crescem vertiginosamente, o consumo de bens e serviços cai na mesma proporção. As atividades do varejo continuam em queda livre em meio a uma superfície de inflação elevada e com poder de compra dos brasileiros cada vez mais inexistente.

Esse cenário caótico não afeta somente os pequenos e médios negócios, atingindo, inclusive, os gigantes. Os três piores resultados do ano em relação à Bolsa foram dos favoritos: Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3/LAME4) e Via (VIIA3), com quedas acima de 60% no ano.

A reabertura econômica, a flexibilização do distanciamento social, a pandemia da Covid-19 – que, até então, pareceu dar uma trégua – e as campanhas de Black Friday e Natal foram grandes promessas para uma possível alavancada envolvendo a Bolsa e o setor varejista. Promessas que não se cumpriram.

Inclusive, de acordo com pesquisa divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre o número de vendas no varejo em outubro, houve variação negativa de 0,1% na comparação com o mês anterior, ante projeção dos analistas da Refinitiv de um crescimento de 0,8%. Sob a ótica da comparação anual, ocorreu queda de 7,1%. A expectativa era de 5,6%. Ao final, sete dos dez segmentos acompanhados pela pesquisa tiveram recolhimento em relação ao nível de vendas.

Resumindo, saímos de um ano muito ruim (2020) para um ano também ruim (2021). Já para 2022, o que nos espera é um ano eleitoral, com queda nas vendas de e-commerce e nas IPOs, aumento da pobreza e altos níveis de desemprego. No entanto, não é possível cruzar os braços e esperar melhores resultados até a má fase da economia brasileira passar. E vale lembrar que, apesar do cenário caótico, alguns negócios prosperaram além do esperado.

O Nubank, por exemplo, conseguiu achar uma solução diante de um território inóspito, o bancário, apresentando um produto diferenciado e que retira as burocracias dos bancos. Ou seja: apesar de tudo, há oportunidades para empresas que são 100% disruptivas e que apresentam soluções igualmente disruptivas.

Atualmente, ou nos juntamos aos quase 4,5 milhões de brasileiros que foram morar fora do Brasil ou tentamos fazer igual ao Nubank e encontramos um novo espaço no mercado. A questão não é somente ter esperança, e sim achar a oportunidade de fazer algo inovador. É o que tento fazer em conjunto com minha equipe da Pathfind. Em 2020, auge das preocupações do mercado com os efeitos da pandemia, chegamos a dobrar o faturamento, graças ao investimento constante em inovações tecnológicas.

Para a sobrevivência de seu negócio em 2022, observe as empresas que mais deram certo e tente inovar em seu setor. Aproveite o ano para preparar o terreno para 2023. Se não houver busca de soluções disruptivas, a única alternativa é fechar as portas, algo que todos preferem evitar.

 

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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