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Conteúdo 9 de julho de 2012

Restrições de Circulação de Caminhões em São Paulo II

Desde março foram adotadas medidas proibitivas de circulação na cidade de São Paulo restringindo os pesados das 04h00min às 10h00min e das 16h00min às 22h00min nas marginais Tietê e Pinheiros, concentrando paradas em todas as entradas da Cidade.

A ideia força maior circulação de caminhões no Rodoanel e avenidas com acesso a ele, objetivando também aliviar o trânsito da Anhaia Melo, Salim Maluf, Estados, Ermano Marchetti e Marquês de São Vicente.

O que de fato na prática não acontece, onde mais uma vez pagamos a conta, cidadãos, contribuintes e consumidores.

Não foram pensadas necessidades resultantes das medidas, como bolsões nestes trechos, onde  pudessem amenizar um pouco o problema, inclusive com um plano de gerenciamento de riscos.

Numa situação de deslocamento com trânsito lento ao ver a possibilidade de entrar no rodízio caminhões não terão alternativas para saírem da área restritiva, forçando suas circulações ou estacionamento nos bairros arredores.

Entendemos que soluções sobre mobilidade urbana não são pontuais, devendo haver de alguma forma a participação das partes envolvidas: autoridades, usuários e prestadores de serviços, neste caso especificamente as transportadoras.

Com tantas variáveis compondo o frete, teremos mais um adicional repassado aos clientes, além de maior necessidade de mão de obra. Por sua vez, as empresas terão muito trabalho para dar conta do recado com remuneração na mesma base até se adequarem, e consequentemente repassar estes custos aos clientes.

A cidade corre riscos de não abastecimento, lembram a greve dos transportadores de combustíveis ocorrida em Março deste ano? Pois é ainda assim insistem em ignorar-nos; foi o caos, e por conta disso absorvemos um aumento nos combustíveis.

Além da concentração de caminhões em determinados horários, outro problema ligado diretamente à medida é o roubo de cargas, que tiveram aumentos superiores a 10%, tornando os caminhoneiros alvos fáceis dos ladrões.

Nos casos de escoamento e operações de exportação com origem ou destino Porto de Santos, serão refletidos os impactos nas zonas primárias e secundárias da Baixada Santista, quanto as liberações e recepção de cargas, já sem alternativas. Onde certamente haverá recusa ou postergação de embarques por conta dos horários de restrições, “se entrarei no horário de restrição, carrego e durmo ou carrego no dia seguinte”.

Nas operações com origem, destino ou passagem pela capital paulista, os veículos permanecerão nos pátios até substituição gradativa ou adequação das demandas em veículos menores quando possível.

Os clientes também terão problemas para adequarem suas operações de recebimento, sem falarmos nas questões de gerenciamento de riscos e segurança, que já custam parcela significativa do transporte.

Não há decisões verticais que calem estas consequências para os usuários do sistema transportes, sejam pessoas físicas ou jurídicas ou as próprias transportadoras. Assim como não há espaço para  prejulgamentos em relação ao caminhão, onde entre aspas  insistem em colocá-lo como vilão, quando não é.

 

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