Política de preços da Petrobrás influencia negativamente o resultado das empresas do TRC
A Petrobras, no afã de diminuir os seus prejuizos, mudou a política de preços do diesel e da grasolina para o mercado interno, atingindo em cheio as empresas de transporte rodoviário de cargas.
A partir de 30 de junho de 2017, a estatal que praticamente detem o monopólio no país, passou a acompanhar a variação internacional do petróleo combinado com a volatividade cambial.
Com isso, as empresas que nos últimos meses estão experimentando uma reação no faturamento, vêem o seu resultado minguar, após tres anos amargando prejuizos por causa da recessão.
O diesel no acumulado de julho a novembro último, teve uma alta de 15,01% da estatal para as refinarias, e para complicar mais um pouco, houve 60 variações no diesel, sendo 35 para cima e 25 para baixo, e sabemos que na bomba os reajustes para cima tem repasse imediato, o que na minha percepção o mesmo não ocorre com as variações de baixa.
Geralmente os contratos de transporte de cargas tem periodicidade anual, tendo como parâmetro o INCT ( índice nacional do custo de transporte ), índice específico que leva em consideração os itens que influenciam o segmento.
Com um cenário destes, o ideal seria um contrato que contempasse um gatilho para cada item que extrapolasse um teto estipulado entre as partes, mas com o “ sobe e desce “, fica impossivel equacionar a questão, e aí o transportador que coloca combustível na frota diariamente fica com o prejuizo.
O principal problema está nos transportes de longa distância, pois quanto maior for a quilometragem, maior o consumo.
Na média, o diesel representa 31 % do custo, sendo este o primeiro item da planilha, que chega a representar 7% de aumento nos contratos.
Para 2018, como negociar um aumento de 7%, contra uma inflação oficial de 2,95% em 2017?