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Conteúdo 25 de julho de 2011

Os centros de distribuição na operação logística

Os centros de distribuição têm papel estratégico no setor logístico. De um simples galpão ou depósito, passou a ser estruturado para gerenciar praticamente todo o processo da cadeia de suprimentos. Associados a produção, armazenagem, transporte e até mesmo ao marketing empresarial, esses centros permitem reduzir os investimentos em estoques e o tempo em trânsito das mercadorias, assim como diluir os custos fixos desse deslocamento em uma base maior de rateio, para citar apenas algumas das vantagens.

Essa evolução é resultado principalmente da necessidade de atender com viabilidade econômica diferentes locais, sejam geograficamente distantes ou não. É certo que diante dos inúmeros problemas de infraestrutura e transportes do país, um centro de distribuição bem posicionado e operando com um sistema eficaz será um diferencial de mercado importante.

Por isso, para se manterem competitivas as empresas precisam investir na área. No entanto, é evidente que o volume de recursos irá variar de acordo com o segmento produtivo e a capilaridade dos negócios. Grandes redes de varejo, por exemplo, por ter que abastecer milhares de pontos de venda em todo o Brasil precisam dispensar boa parte de seus recursos em espaços de distribuição. É essencial para essas empresas terem um ponto para a consolidação dos estoques e direcionamento mais adequado das mercadorias. Já as indústrias do setor primário demandam menos investimentos, mas nem por isso deixam de ter nos centros distribuição uma base para otimizar seu processo logístico.

Também, muitos setores vêm se destacando por investimentos em centros próprios. É o caso inclusive do setor logístico. Boa parte dos operadores, para atender com eficiência as demandas de seus clientes, opta por pontos particulares estruturados, desde o layout até a organização interna, de acordo com as necessidades de armazenagem e o sistema de distribuição utilizado.

Vale lembrar ainda que os centros de distribuição não só contribuem para agilizar o fluxo de mercadorias como são uma solução atrativa para diminuir os gargalos de infraestrutura e aliviar o trânsito. As cargas poderiam chegar a centros instalados nas principais rodovias e de lá serem transportadas por Veículos Urbanos de Carga (VUC), diminuindo consideravelmente o número de caminhões circulando pelos grandes centros brasileiros. Medida que há muito tempo já foi adotada por cidades norte-americanas com excelentes resultados.

Nesse sentido, esses espaços merecem atenção não só da iniciativa privada, mas igualmente do setor público. É fundamental consolidar os centros de distribuição como alternativa viável para revitalizar a logística brasileira.

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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