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Conteúdo 28 de junho de 2011

Operadores devem se preparar para investimentos

O setor de logística vai atrair bilhões de reais em investimentos privados nos próximos anos. Apenas os fundos de investimentos estão dispostos a irrigar esse mercado com cerca de R$ 10 bi, segundo um levantamento recente feito pela Awro Logística e Participações. E aportes relacionados à demanda provocada pela realização da Copa e da Olimpíada, além da exploração do pré-sal, deverão multiplicar esse número.

Está claro que os operadores logísticos se tornaram muito atrativos para investimentos no setor produtivo. O cenário atual e os rumos delineados para a atividade econômica nacional permitem concluir que este setor vai garantir dividendos expressivos nos próximos anos.

A porta de entrada natural para este capital são as empresas em atividade. A aquisição de participação em companhias ou o patrocínio de fusões são predominantes nas estratégias dos investidores.
Cabe às companhias estabelecidas e interessadas neste fluxo de recursos se adaptarem às exigências do mercado. Não é raro, após análise mais apurada, que os negócios emperrem por conta de deficiências na operação. É fundamental ter em mente que os investidores buscam lucros e não apenas faturamento (ou a expectativa dele).

Por mais aquecido que esteja o mercado, é essencial que a empresa seja eficiente, ou seja, lucrativa. E muitos operadores, mesmo com alto grau de utilização da capacidade operacional, ainda fecham o ano no vermelho ou apenas “empatando” faturamento e despesa. Essa constatação acarreta em depreciação de até 50% nas ofertas inicias de aquisição ou mesmo inviabilizam alguns negócios.

A atividade logística no Brasil evoluiu bastante nos últimos 15 anos, mas, agora, será necessário um novo salto de qualidade para se adaptar às oportunidades colocadas pela realidade nacional e observadas pelos investidores.

É importante que os empresários revejam práticas administrativas, estratégias da operação, base tecnológica e, principalmente, qualificação da mão-de-obra. Basicamente, a solução é modernizar a gestão. Esse processo, sem dúvida, vai sair mais barato do que oferecer desconto aos investidores.

 

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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