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Conteúdo 3 de dezembro de 2021

O que esperar da tecnologia 5G?

Recentemente acompanhamos o leilão das faixas de frequência para uso do 5G e uma expectativa de implementação da solução. Mas o que isso tem a ver com logística?

As expectativas dos consumidores mudaram a maneira como as mercadorias são vendidas e distribuídas. Eles estão cada vez mais comprando produtos online, e esperando atendimento de seus pedidos em alguns dias ou até horas. Isso forçou a logística a ser muito mais flexível e eficiente.

Como resultado, toda a cadeia de abastecimento, desde a manufatura, incluindo a logística, está mudando em direção a um paradigma mais flexível e adaptável, dando lugar à Indústria 4.0 e à IoT, que se originou como uma resposta à mudança do hábito do consumidor.

Para melhorar a flexibilidade dos processos de produção e distribuição, existem quatro tecnologias capacitadoras principais:

– Big Data: a análise de dados que atende, entre outros determina, as necessidades dos consumidores, tendências de mercado etc.

– Conectividade sem fio: conectividade em equipamentos industriais e logísticos é usada para interconectar os equipamentos, coordenar, monitorar etc. Conectividade sem fio, em oposição à com fio, reduz os custos de implantação e reorganização, melhorando a flexibilidade.

– Sensores de baixo custo: nos últimos anos, a queda no preço dos sensores possibilitou a coleta de dados em massa para rastrear produtos ou monitorar processos, máquinas e condições ambientais.

– Robótica: o desenvolvimento de robôs cada vez mais capazes e autônomos permite a automação de tarefas que são repetitivas, complexas ou arriscadas, melhorando as condições de trabalho e a viabilidade econômica de processos logísticos.

5G é uma tecnologia que foi desenvolvida principalmente em torno de verticais, como comunicação veicular, indústria 4.0, smart cities/Logistics.

A logística, assim como tantas outras atividades, será impactada por essa nova tecnologia, com mais conectividade e capacidade de transmissão de dados. E conectividade determina um ambiente integrado, como internet das coisas (IoT), inteligência artificial (AI) e automação de processos, como por exemplo a utilização de robôs, roteirização dinâmica, entre tantos.

E não apenas se fala sobre 5G nas áreas externas, isto é, com a integração com a infraestrutura das cidades (Smart Cities) e a gestão das frotas, monitoramento de entregas, gestão de última milha (last mile) entre outras, mas a possibilidade de redesenhar as redes e conexões internas no armazém, centro de distribuição, fulfillment center, transit points… isto é, no centro logístico em geral, onde a facilidade de configuração e reconfiguração da instalação acontecerá de forma mais simples e econômica.

E aqui vale considerar o incremento da automação nos armazéns, com a viabilização nos centros de distribuição, em especial aqueles destinados ao atendimento do canal virtual, que são beneficiados com a tecnologia. E não com foco apenas nos equipamentos automáticos, mas também em processos administrativos.

Imagine não ser mais dependente das várias antenas e análises de coberturas de sinal dentro de sua instalação, e poder reconfigurar seu layout, modificando o posicionamento das estruturas de estocagem, porta-paletes por exemplo, sem a preocupação com a perda de sinal, naquela ou outra região, o que sabemos, gera diversos contratempos a operação intralogística, como atrasos, falta de acurácia, erros, diferenças nos saldos em estoque, entre outros.

Aqui vale considerar que não é apenas uma questão de melhor conexão, mas também capacidade de transmissão de dados e a tal latência que permite uma melhor taxa de processamento, e principalmente a expectativa de menor investimento na infraestrutura para suportar a automação, que ficará mais “barata” e mais fácil de viabilizar economicamente o investimento.

Enfim, caminhamos para a “Logística Inteligente”, com mais efetividade na gestão e execução da armazenagem, fretes, entregas etc., que as limitações da tecnologia com fio estão deixando de existir.

Edson Carillo Edson Carillo

Diretor da Connexxion Consulting, engenheiro, com MBA em Administração Industrial e Especialização em Gestão Executiva pela St. John´s University (The Peter J. Tobin College of Business) tem mais de 30 anos de experiência em supply chain management – logística. É consultor e instrutor nas áreas de operações (SCM e Manufatura). Especialista em Lean Manufacturing pelo Kaizen Institute e TOC pelo Avraham Goldratt Institute. é também vice-presidente da ABRALOG – Associação Brasileira de Logística. É Professor de MBA na FGV. Coautor de diversos livros. Foi engenheiro industrial das Indústrias Alimentícias Kibon e engenheiro pesquisador na Cia Ultragaz. www.connexxion.com.br.

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