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Conteúdo 17 de dezembro de 2021

Nova gestão ABOL – balanço do primeiro ano

Olhar para 2021 significa lembrar meus primeiros passos à frente da ABOL. Cheguei à associação em abril, com muitas perspectivas positivas e com foco no rápido crescimento da entidade, que foi criada há pouco mais de 9 anos.

Foi um ano importante para a história da entidade. Caminhamos ao lado das empresas, entendendo, in loco, os desafios que enfrentam e seus anseios particulares e setoriais, e reposicionamos a imagem da ABOL de forma estratégica. Com isso, passamos a alcançar mais capilaridade em nossas atuações.

O resultado veio rápido e é perceptível: o engajamento com entidades representativas de setores transversais aos da logística, assim como com órgãos de governo, fluiu com ainda mais eficiência e credibilidade. Além disso, trouxemos novas soluções tecnológicas para os associados ao fecharmos parceria com hubs de logtechs e startups, contratamos novas pesquisas sobre o setor com instituições especializadas de peso e conquistamos ainda mais espaço e reconhecimento entre os demais OLs e fornecedores do mercado.

Não parou por aí. Batemos recorde no número de pedidos de novas filiações neste ano e, em dezembro, aprovamos dois novos OLs para compor o nosso quadro: a Kothe e a Luft Healthcare. O ingresso de empresas interessadas não é tão simples, pois há critérios objetivos (de compliance, faturamento, entre outros) a serem atendidos e depende da aprovação dos membros do Conselho Deliberativo da entidade. Ainda assim, as perspectivas para novos ingressos em 2022 seguem positivas.

Não posso deixar de destacar que a ABOL focou com veemência e muito empenho no processo de adaptação do texto do Projeto de Lei 3757/2020, que regulamenta a atividade do Operador Logístico no Brasil e atualiza a nossa centenária Lei de Armazéns. O objetivo, neste ano, foi atender e considerar os anseios de outros stakeholders importantes nessa discussão, como as entidades que representam os Armazéns, os Transportadores Rodoviários de Carga e o setor Agropecuário.

O novo texto será em breve entregue ao relator do projeto, Dep. Isnaldo Bulhões (MDB/AL), de modo que possamos ter uma legislação clara sobre as atividades e serviços prestados pelos OLs: transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física e regime fiscal) e gestão de estoque (a partir de sistemas e tecnologia adequada). Nossa expectativa é que o projeto seja aprovado na Câmara dos Deputados ainda em 2022.

No site da ABOL, é possível ter acesso a uma landing page exclusivamente voltada a explicar os detalhes do Projeto de Lei 3757, a tirar dúvidas e reiterar a necessidade de diferenciar os OLs de outras atividades específicas ligadas ao setor de logística.

Todas essas ações e prioridades também acabam por amparar outro objetivo almejado pela ABOL, que é o de tornar a função do OL mais acessível, contribuindo para que a sociedade brasileira entenda a importância de valorizar esse grupo de empresas responsáveis por movimentar a economia do país, amparando todas as atividades econômicas que aqui se desenvolvem.

Os OLs ganharam um papel ainda mais essencial durante a pandemia da Covid-19 ao estarem à frente de toda a logística da vacina e de seu insumo, do armazenamento à distribuição.

O ano de 2021 foi particularmente desafiador porque também priorizamos visitar presencialmente cada um dos 29 OLs associados, reunindo com CEOs em suas sedes, armazéns, pátios de crossdocking, portos, atendendo, claro, todos os protocolos de segurança sanitária.

Conhecer os associados em tempos de pandemia foi particularmente revelador, pois pude perceber o comprometimento e a seriedade de cada gestor na garantia de que o melhor serviço – e com a segurança adequada – estivesse sendo oferecido pelos profissionais que não puderam se beneficiar do trabalho remoto.

Estamos falando de quase 92% da força de trabalho das empresas associadas à ABOL, entre auxiliares e supervisores de logística. A esses profissionais, devemos o nosso muito obrigada. Sem eles, o abastecimento de lojas, comércios, indústrias, hospitais, lares não teria acontecido durante esse período de tamanhas incertezas.

Estamos seguros de que juntos temos construído um setor mais sólido, lidando com as transformações geradas pela crise sanitária. O perfil de compra do consumidor mudou, muito impulsionado pelo e-commerce – solução já pronta, que existia no mercado brasileiro, mas cujo crescimento veloz ocorreu por conta do isolamento social.

Com isso, o perfil de negócios dos OLs também mudou, fazendo com que a maioria embarcasse ainda mais na busca por soluções tecnológicas e inovadoras, adquirisse novas empresas e atendesse novos nichos de mercado, diversificando-se ainda mais.

Hoje, a sensação é de dever cumprido, pelo menos nessa primeira fase de mudanças pela qual a ABOL passou. Outras ainda estão por vir!

Para 2022, a palavra de ordem será crescimento.

Marcella Cunha Marcella Cunha

Natural de Brasília, tem mais de 10 anos de experiência nos setores de transportes e tecnologia. Graduada em Relações Internacionais, com pós-graduação em Ciência Política, é a atual diretora Executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL). Tem passagens pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e pela empresa Uber.

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